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Costa admite mais impostos indirectos em 2017. Aumentos só em 2018

03 out, 2016 - 08:36

Primeiro-ministro defende ainda limites às pensões mínimas, uma vez que, ao contrário da “ideia generalizada”, nem todas “correspondem a baixos rendimentos”.

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O primeiro-ministro admite uma nova tributação indirecta no Orçamento do Estado para 2017 e prevê que não haja aumentos na função pública até 2018. Em entrevista ao jornal “Público”, António Costa confirma ainda uma "tributação do património imobiliário de luxo".

" Pode haver outra tributação indirecta. O país tem de fazer escolhas", afirma, acrescentando: "Há outros impostos especiais sobre o consumo que dependem de escolhas individuais: produtos de luxo, tabaco, álcool".

Quanto a salários, o chefe do executivo afirma que a reposição fica concluída este mês, mas que só em 2018 está previsto retomar "actualizações" e "encarar questões de fundo relativamente às carreiras".

No que toca às pensões, Costa defende que a imposição de limites às pensões mínimas atribuídas pela Segurança Social. O primeiro-ministro sublinha que se trata de uma posição “pessoal” e que não terá efeitos no Orçamento do Estado de 2017.

O primeiro-ministro defende que nem todas as pensões mínimas correspondem a baixos rendimentos e que, por isso, devem ser sujeitas à condição de recursos – ou seja, limitar a sua atribuição consoante o rendimento dos pensionistas.

Adianta, por outro lado, que a questão terá de ser discutida e garante que “neste momento não está na agenda”.

Em negociação está sim, entre o Governo e os partidos que o apoiam (PCP e Bloco de Esquerda), o aumento das pensões. No domingo, a coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou que o partido está a negociar um aumento de 10 euros para as pensões mais baixas – “parece-nos um valor adequado", declarou.

“Tudo converge” na economia

Na entrevista, cuja segunda parte será publicada na terça-feira, António Costa não considera oportuna uma tributação de acções e investimentos, mas afirma que "tudo converge" para que o crescimento da economia seja superior a 1%, ainda que não "muito acima".

O que "só demonstra" que é preciso "prosseguir a reposição de rendimentos e a criação de condições para poder haver investimento".

O Governo previa inicialmente um crescimento de 1,8% este ano, mas em Julho reviu o valor para 1,4%.

Quanto à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, poderá não já este ano e será feita "à medida das necessidades".

Costa acrescenta que "o elevadíssimo nível de crédito malparado acumulado no sistema" foi "escondido para simular a famosa saída limpa" do programa da “troika”.

António Costa tem defendido a criação do que seria um veículo próprio para os activos tóxicos dos bancos, à semelhança do que já aconteceu em Itália ou em Espanha – uma medida que já mereceu o aval do Presidente da República.

Contra mitos, a tranquilidade

Numa parte mais política, o primeiro-ministro acusa a oposição de ter criado mitos que põem em causa a imagem externa do país e afirma-se tranquilo e seguro sobre os resultados da execução de 2016.

De Passos Coelho, presidente do PSD, diz que tem uma "oposição perdida em si própria", anunciando unicamente "uma desgraça" que nunca acontece, prosseguindo um debate "com dois anos de atraso".

O excesso de mitos construídos através de uma leitura simplificada das estatísticas, com base em fantasias, tem um efeito pernicioso para a imagem do país e para a motivação dos empresários – palavras de António Costa que reconhece que baixou o investimento público e que a procura interna não aumentou mas que justifica com uma "conjuntura de arrefecimento geral da economia".

É que, diz, ainda assim, o país tem "vindo a fazer uma inversão da trajectória do crescimento, sustentada na criação de emprego, no aumento das exportações, nalguma recuperação da procura interna".

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  • Eborense
    03 out, 2016 Évora 14:20
    Já não percebo nada desta geringonça. Então a austeridade não tinha já acabado? Ou fui eu que ouvi mal?
  • martins
    03 out, 2016 dortmund 12:57
    nem todas as reformas minimas sao sinal de pobreza pois nao sr costa um reformado com 300euros ja e rico nao e verdade sr costa--- mais impostos indirectos pois pois os impostos sao sempre indirectos desde que nao sejam impostos para a classe politica--abaixamento do desemprego diga la sr costa qual a empresa que foi criada em 2016 para diminuir o desemprego as exportacoes aumentaram diga la sr costa se foram os politicos que passaram a cultivar bananas para as exportacoes aumentarem promessas de melhorias para 2018 pois pois sr costa o povo fica a espera de 2018 e o sr fica mais 2 anos sossegado no tacho porque sera que nunca houvi a esquerda a falar na reducao de deputados no fim das reformas milionarias dos politicos um exemplo porque e que socrates esta reformado com mais de 3000euros e eu estou com 300 eu descontei mais de 30anos e ele quantos descontou eu tenho 66anos e ele quantos tem sera qua a barriga dele e diferente da minha este e apenas um exemplo da exploracao do povo pelo politico --pergunto porque e que ha politicos reformados a receberem mais do que o presidente da republica e que ha politicos a receberem mais de 12000 de reforma pergunto lhe sr costa se e o ps que esta a governar ou se e o be e pcp --eu gostava de ver essas respostas mas sei que o sr nem se da ao trabalho de ler ouvir e responder a um simples reformado -mas aqui lhe deixo os meus parabens ha poucos politicos com tao bom jogo de cintura como o sr e a dona catarina
  • fr
    03 out, 2016 portu 11:27
    agora vêm os pobres aqui nos comentários com medo que o seu galinheiro vá ser tributado.
  • dr Xico
    03 out, 2016 Lisboa 11:27
    Para os gastos nos ministérios em REVISTAS, JORNAIS, dos próprios ministérios que ninguem lê, só serve para justificar ordenados de boys, são aos milhares a tiragem desses pasquins em papel caríssimo e nós a pagar. O trabalhadores que se lixem, somos considerados os malandros do país. ESTAMOS FARTOS DE PROMESSAS - EM 2018 VOLTO A TRABALHAR
  • bmc
    03 out, 2016 algarve 10:53
    Pois sim, e então aqueles que acumulam pensões , que tem subvenções vitalícias, que se reformaram com menos de 20 anos de desconto? E como se dizia antigamente: coitadinhos dos ricos , que os pobres com qualquer coisa passam................
  • Alberto
    03 out, 2016 Funchal 10:24
    Ainda não estão tributados os excrementos que cada um produz! Será igual para todos ou ao Kg?
  • antonio
    03 out, 2016 Portugal 09:35
    Não se pode negar a realidade eternamente. E ainda não confessou que tem estado a aumentar a dívida pública e a lever-nos paraum buraco ainda maior.
  • Rodri
    03 out, 2016 Caminha 09:02
    E... já agora, limite ás reformas, isto é, máximo 1250€ para todos. Na Suiça o limite é de 1500€. E por que não cá? Não dá jeito, não é???

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