Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Mais de 600 mil sem aumentos. Frente Comum acusa Governo de faltar à palavra

03 out, 2016 - 11:31

Coordenadora sindical lembra que trabalhadores não têm aumentos salariais desde 2009."É uma classe que se sente muito maltratada”.

A+ / A-

A coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública diz não fazer sentido haver mais um ano sem aumentos salariais e acusou o Governo de faltar a uma promessa do programa eleitoral.

“Começamos mal quando o Governo põe no seu programa eleitoral algumas coisas que depois não cumpre. Porque os trabalhadores da função pública, desde 2009, que não têm aumentos salariais e desde 2005 que não têm mudança de escalão na carreira profissional”, recordou, em declarações à agência Lusa, Ana Avoila.

Em entrevista ao jornal “Público”, o primeiro-ministro, António Costa, quando questionado sobre o facto de os funcionários públicos não irem ter valorização salarial em 2017, respondeu que ficou no mês de Outubro concluída a “reposição integral dos salários”.

“Significa que em 2017 os funcionários públicos ganharão durante 14 meses o que ganharam só durante três meses deste ano. É sabido que o nível de inflação está baixo e que em 2018 temos previsto retomar as actualizações, bem como encarar as questões de fundo relativamente às carreiras”, explicou António Costa.

Ana Avoila considerou ser “muito mau” que o Governo siga este caminho, mas mostrou-se esperançada em que o executivo seja “sensível” à matéria e reveja a sua posição.

“Isto, a confirmar-se, vai para o segundo ano que as pessoas não levam nada, e o que acontece é que começam a desmoralizar e a pensar que não valeu a pena. São mais de 600 mil trabalhadores sem aumentos e isto não é brincadeira. É uma classe que se sente muito maltratada”, sublinhou.

A coordenadora da Frente Comum antecipou que a função pública “vai, naturalmente, reagir mal” caso a intenção do Governo se venha a confirmar, adiantando que, na semana passada, entregou no Ministério das Finanças a proposta reivindicativa para a administração pública para 2017, que prevê aumentos salariais de 4% e o descongelamento da progressão nas carreiras.

Na quarta-feira, a Cimeira dos Sindicatos da Administração Pública aprovou a proposta reivindicativa, na qual constam as propostas de um aumento de 4% dos salários, com um mínimo de 50 euros por trabalhador, de 6,5% para o subsídio de almoço, que neste momento é 4,27 euros, e de 4% de aumento para as pensões.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • PJ
    03 out, 2016 Covilhã 17:25
    Eu também sou dos que acho que devem haver aumentos na função pública. Mas primeiro temos de redimensionar a nossa função pública aos impostos que queremos pagar! Doa a quem doer! Querem menos funcionários públicos? Despeçam os excedentes. Claro que isso implicará: menos polícias, menos médicos, menos enfermeiros, menos professores, menos auxiliares, menos administrativos, etc... Ah, e já agora, redimensionemos também o números de políticos remunerados por nós! Salários mais baixos para cargos políticos, limite de ministros e secretários de estado, limite membros de gabinetes, menos deputados, menos vereadores, menos membros de assembleias, etc, etc.
  • PJ
    03 out, 2016 Covilhã 17:11
    Eu também sou dos que acho que devem haver aumentos na função pública. Mas primeiro temos de redimensionar a nossa função pública aos impostos que queremos pagar! Doa a quem doer! Querem menos funcionários públicos? Despeçam os excedentes. Claro que isso implicará: menos polícias, menos médicos, menos enfermeiros, menos professores, menos auxiliares, menos administrativos, etc... Ah, e já agora, redimensionemos também o números de políticos remunerados por nós! Salários mais baixos para cargos políticos, limite de ministros e secretários de estado, limite membros de gabinetes, menos deputados, menos vereadores, menos membros de assembleias, etc, etc.
  • martins
    03 out, 2016 dortmund 13:20
    600 mil isso nao e nada diz costa e companhia 600mil nem da para eleger um deputado aumentar as reformas minimas tanbem nao vale a pena os reformados que ganham menos de 500 euros sao poucos e daqui por 3 anos ja estao mortos ja nao votam --obrigar os partidos a pagarem imi e o que devem ao estado isso nao pode ser porque sem partidos nao ha exportacoes sao eles que produzem riqueza veja se nas quintas do pcp onde se produzem toneladas de azeitona e uva para exportacao--diminuir aos deputados isso nao pode ser porque sem deputados nao haveria circo em s bento acabar com mordonomias dos politicos isso nao pode ser porque eles nao teem dinheiro para comer e viajar por conta propia-deminuir o ordenado aos administradores isso nao pode ser porque hoje estao la eles e amanha posso estar la eu--se um trabalhador faz uma hora extra tem que fazer descontos mas os politicos podem receber presentes triste mudo este em que vivemos mundo governado por ladroes onde os politicos declaram as guerras mas se escondem em abrigos onde os banqueiros roubam e exploram o povo mas a coisa que mais admiro nesse pais e que quando e a esquerda que esta no poder nao ha greves nem manifestacoes na rua eu lembro me de ter lido que durante o governo anterior ate havia quem estivese a preparar um golpe de estado agora ja esta tudo bem o povo ja esta rico
  • João Gil
    03 out, 2016 Lisboa 13:19
    É justamente por termos funcionários públicos a mais e gente a mais dependente de pagtºs do Estado que não sobra dinheiro para aumentos de ordenados aos funcionários públicos. Já não se ode sugar mais recursos aos Portugueses para pagar a tanto funcionário. O Estado devia fazer uma redução drástica e deixar sair para o mercado privado muita da gente que hoje apenas subsiste no funcionalismo à custa dos impostos dos contribuintes privados e das suas famílias. Estes sindicalistas sem noção prospectiva da realidade bem podem chorar e arrepanhar o cabelo por aumentos e benefícios para os seus associados que o país não tem dinheiro para os suportar. Se não forem e não fossem os milhões de euros que vêm da União Europeia (de países como a Alemanha, a Inglaterra, a França, a Holanda e de outros que produzem mais e melhor do que Portugal..), Portugal não teria dinheiro sequer para mandar cantar um cego, quanto mais para pagar ordenados. Estaria na bancarrota pura e simples, como estava em 2011 quando o governo do PS e do famigerado Eng.- Sócrates teve de ir pedir esmola à UE e ao FMI por ter continuado a política de esbanjamento e rapina do dinheiro dos Portugueses e já não ter com que pagar as contas e os ordenados aos funcionários.
  • COSTA PANTOMINEIRO
    03 out, 2016 Lx 12:29
    Os sindicatos a pressionar o kamarada Costa.. é fita pois eles entendem-se bem.Pena não termos virado a página da austeridade.Aumentaram os ordenados e depois aumentaram a gasolina, o gasóleo e outros impostos....Dar com uma mão e tirar com outra... Uns pantomineiros estes vendedores da banha da cobra....
  • dr Xico
    03 out, 2016 Lisboa 11:40
    Estamos fartos de ver o dinheiro do estado ser esturrado em bancos falidos por má gestão e favores politicos. Os funcionários publicos estão sem aumentos e promoções desde 2010, já não temos paciência para tanta hipocrisia, vivemos pior que em 2000, não temos qualidade de vida , nem vontade de fazer nada. Ok voltamos a trabalhar em 2018...

Destaques V+