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Web Summit em Lisboa. “Um trabalho de continuidade” entre governos

07 nov, 2016 - 10:28

Foi Paulo Portas, vice-primeiro-ministro do governo PSD/CDS-PP, que lançou a “missão secreta” de trazer a cimeira tecnológica para Portugal. “Um esforço que queremos manter”, diz o actual ministro da Economia (PS).

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Lisboa é, a partir desta segunda-feira e até quinta, a capital mundial dos negócios tecnológicos. A Web Summit chega a Portugal depois de “muito trabalho” levado a cabo por uma equipa liderada pelo número dois do anterior governo, Paulo Portas.

“Na altura informei-me melhor sobre a Web Summit e percebi que era um evento com uma capacidade de atracção de startups e de motivação da económica digital e de levantamento de fundos muito importante para boas ideias e bons negócios”, recorda na Renascença.

Estávamos em 2015, ano em que os promotores do evento decidira sair da Irlanda, onde tudo começou.

“Lembro-me de ter enviado uma missão sigilosa, através da AICEP, contactar com a organização do Web Summit e a partir daí tratou-se de preparar com tempo uma proposta portuguesa que fosse muito competitiva e que convencesse a Web Summit a transferir-se de armas e bagagens para Portugal”, acrescenta Paulo Portas.

A decisão foi anunciada em Setembro daquele ano, altura em que Portugal vivia a campanha eleitoral para as legislativas.

“Entendi que devia ter ao meu lado o presidente da Câmara de Lisboa, que na campanha eleitoral estava em posição diferente da minha”, afirma o antigo vice-primeiro-ministro, promotor da diplomacia económica.

“Estas matérias não são de natureza partidária. De todo”, destaca na entrevista em directo no Carla Rocha – Manhã da Renascença.

O ministro da Economia, Caldeira Cabral, concorda. “Penso que não há o trabalho de um Governo ou de outro, há uma continuidade”, afirma também à Renascença.

“Estamos a fazer um trabalho em contínuo com o que já foi um esforço do anterior Governo e vai ser um esforço que queremos manter e o que queremos é que não fiquem cá só três anos, mas que fiquem cinco, seis, sete, que fiquem mais tempo e estou certo que vão sentir que Lisboa e Portugal sabem bem acolher um evento deste género”, conclui.

Lisboa sucede a Dublin como sede da cimeira da tecnologia e recebe mais de 50 mil pessoas, 20 mil empresas, mais de duas mil startups (150 delas nacionais de topo), 663 oradores, 1.500 investidores, sete mil presidentes executivos e dois mil jornalistas estrangeiros.

A Web Summit deverá manter-se na capital portuguesa até 2020, com possibilidade de prolongar a estada por mais dois anos.

Comentários
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  • lv
    07 nov, 2016 Loures 20:56
    Já agora, porquê não? " A ideia foi de Passos Coelho" . E também, a ideia de invadir o Iraque foi de Paulo Portas!
  • os comentarios
    07 nov, 2016 lis 16:15
    Ficaram na gaveta?
  • já cá faltava
    07 nov, 2016 lx 14:01
    Este irrevogavel sempre a cavalgar a onda!...do oportunismo!
  • Fausto
    07 nov, 2016 Lisboa 13:55
    Web sumiste é sem sombra de dúvida da autoria do PP...
  • António Cunha
    07 nov, 2016 Setúbal 12:50
    Uma palavra acerca de Paulo: Oportunista.
  • Daniel
    07 nov, 2016 Lisboa 12:46
    Toda essa história é muito bonita... excepto que a iniciativa partiu da organização da Web Summit ao contactar a Associação Turismo de Lisboa em Março que deu o mote a apresentar proposta e não o inverso.

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