14 nov, 2016 - 00:22
Luís Marques Mendes considera que a próxima semana é decisiva para a situação da nova administração da Caixa Geral de Depósitos. O comentador da SIC refere que, se o caso não se resolver nos próximos dias, todos vão pedir responsabilidades ao Governo.
“Acho que o Governo anda a tentar passar por entre os pingos da chuva porque há duas posições no Governo sobre esta matéria. Agora, se este assunto não se resolver o mais tardar na próxima semana toda a gente vai pedir responsabilidades ao Governo. Porquê? Porque é o Governo que é a tutela da Caixa, é o representante do accionista, foi o Governo que escolheu aquelas pessoas e então é o Governo que tem de dizer àqueles senhores que ou apresentam as declarações e ficam ou não apresentam as declarações e saem”, considerou.
Marques Mendes acrescenta que o ministro das Finanças entrou num silêncio comprometedor e “está profundamente fragilizado”.
“Mário Centeno está em muitos maus lençóis, está profundamente fragilizado. Foi ele que criou esta confusão ao ter feito o tal acordo com António Domingues. Foi desautorizado por toda a gente: o primeiro-ministro, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, pelo Presidente da República, por Carlos César, pelo Bloco, pelo PCP e, já agora, também pelo Tribunal Constitucional. E, finalmente, porque está num silêncio comprometedor”.
O Tribunal Constitucional já notificou os novos administradores da Caixa Geral de Depósitos para que entreguem as declarações de rendimentos e património, coisa que a equipa de António Domingues se tem recusado a fazer alegando que o Governo de António Costa tinha retirado o banco público do estatuto do gestor público.