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Petrolíferas contestam que preço dos combustíveis "suba muito depressa e desça muito devagar"

15 nov, 2016 - 16:53 • Henrique Cunha

Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas reage a declarações da nova presidente da Autoridade da Concorrência.

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A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) lembra que nunca nenhum estudo da Autoridade da Concorrência (AdC) concluiu que há concertação de preços no sector dos combustíveis e desafia a nova presidente do organismo, Margarida Matos Rosa, a clarificar as declarações que fez, esta terça-feira, no parlamento.

A nova presidente da AdC manifestou a intenção de dar atenção a fenómenos de concertação de preços, apontando que “há uma percepção na sociedade de que o preço dos combustíveis sobe muito depressa, mas desce muito devagar”.

Na resposta, o secretário-geral da da APETRO, António Comprido, diz estar "convicto de que a percepção de que a dra. Margarida Santos Rosa fala não é compaginável com a realidade do funcionamento do mercado”.

Comprido lembra que nunca nenhum estudo da AdC apontou para a existência de concertação de preços: “As inúmeras estatísticas publicadas pelas entidades competentes - Autoridade da Concorrência incluída - comprovam que os preços médios de venda ao público acompanham as oscilações das cotações dos produtos refinados, quer nas subidas quer nas descidas. Que eu me lembre, nunca foram detectadas anomalias, ou insuficiências graves no mercado de combustíveis."

Ainda assim, o secretário-geral da APETRO sugere, que a presidente da AdC pode ajudar a clarificar o que entende sobre a percepção da sociedade na questão dos preços dos combustíveis, porque "a APETRO tem consciência de que o mercado dos combustíveis é muito sensível para os consumidores e compreende que a AdC lhe preste a devida atenção".

"Também manifestamos o nosso acordo relativamente ao princípio de que é melhor prevenir que remediar e, como sempre, manifestamos a nossa total disponibilidade para colaborar nos esclarecimentos que forem julgados necessários", rematou o secretário-geral da APETRO.

A economista Margarida Matos Rosa foi ouvida, esta terça-feira, pelos deputados no seguimento da sua nomeação pelo Governo, depois de já ter sido ouvida pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP), passando a ser a quarta presidente da Autoridade da Concorrência.

Comentários
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  • her
    18 nov, 2016 Coimbra 14:48
    Há pessoas compridas na asneira, e, curtas na inteligência....
  • André
    15 nov, 2016 Lisboa 18:17
    Oh senhor da Apetro, concertação de preços é uma coisa, subidas rápidas e descidas lentas é outra. Vamos ao exemplo de 2014: o dólar estava a descer, o petróleo estava a descer. O conjunto desceu uma média de 23,58% em 4 meses (já incluindo o mercado de refinados de Londres). O preço nas bombas, em 150 dias, desceu.... 11,4%. Portanto, mais de 10% do valor da matéria-prima foi absorvido pelas empresas petrolíferas, tornando-se lucro. Curiosamente, este ano, temos visto os preços a acompanhar o mercado de refinados... algo que ainda nunca tinha acontecido. E que é estranho, pois as compras são a 90 dias, o valor a pagar era o de há 3 meses atrás. Só que as oscilações tem sido pequenas e o consumo tem vindo a subir, dá margem para uma perda e um ganho a médio prazo... o problema é se por alguma razão o preço dispara, os clientes vão pagar o triplo do que deviam pagar... durante 3 a 5 meses.
  • Madala
    15 nov, 2016 Évora 18:14
    Gostaria de saber qual o preço da gasolina quando o preço do petróleo na origem era quase o dobro do de hoje. Só é cego quem não quer ver. Vão dar uma volta!
  • joaohenriques
    15 nov, 2016 molelos 18:03
    Boa tarde, ........sem esquecer o imposto inventado pelo sr costa e amigos..............vale a pena ter combustível sem pagar..... !!!!JMPH!!!!

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