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Caixa. Governo nega que presidente tivesse informação privilegiada antes de assumir cargo

24 nov, 2016 - 10:00

Comissão Europeia confirmou ter-se reunido com António Domingues para debater a recapitalização do banco público quando este ainda não tinha sido nomeado para o cargo e pertencia aos quadros do BPI.

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O secretário de Estado das Finanças confirma que o presidente da Caixa participou em reuniões com autoridades de Bruxelas, antes da sua nomeação para o cargo, mas garante que António Domingues não teve acesso a qualquer informação confidencial.

Em resposta à Renascença, o secretário Ricardo Mourinho Félix confirma ter acompanhando o então administrador do BPI a duas reuniões, em Frankfurt e a Bruxelas, para avaliar se as condições que o administrador colocava para aceitar o cargo podiam ser cumpridas.

As reuniões, já confirmadas pela Comissão Europeia, aconteceram poucos dias depois do convite para que António Domingues presidisse o banco público.

Na quarta-feira, em resposta a uma questão do eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, salientou que "o novo plano de actividades para a CGD foi apresentado à Comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais."

António Domingues só a 31 de Agosto assumiu funções como presidente da CGD, tendo renunciado ao cargo que mantinha no conselho de administração do BPI a 30 de Maio.

PSD e CDS exigem explicações do Governo. José Manuel Fernandes questionou o executivo sobre a indicação, como representante do banco público, de "alguém que à data ainda não tinha entrado em funções na CGD e, ainda mais grave, era administrador executivo de um banco privado e concorrente da mesma".

Em declarações à Renascença, o eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, considera que o caso é inconcebível e fragiliza o ministro das Finanças, Mário Centeno.

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  • Piedade
    24 nov, 2016 Almada 17:35
    Claro que teve acesso a informação privilegiada, se serviu dela, ou não, é outra história, só ele poderá dizer. Agora que é insólito, é. Qualquer dirigente bancário, deveria ter um período sabático entre funções em entidades bancárias diferentes. Sigam o exemplo da fórmula 1, em que um engenheiro ou técnico superior, quando deixa uma equipa, é obrigado a parar, no mínimo, durante seis meses, para que não possa levar informação relevante para a nova equipa. Assim como os pilotos, quando estão de saída, nem sequer os deixam ver os planos do carro do ano seguinte. Este é um bom exemplo, que deveria inspirar os nossos governantes.
  • zita
    24 nov, 2016 Lisboa 16:00
    Não faz mal nós gostamos e cada um tem o que merece. Nós portugueses temos os políticos de má qualidade porque merecemos!
  • aref
    24 nov, 2016 Lisboa 15:20
    Este governo tresanda a corrupção.
  • antótnio
    24 nov, 2016 PortugL 14:30
    Tão inocentes que eles são. Coitado do governo que se esqueceu de referir o que o administrador convidado tinha andado a fazer. ...
  • Flavia Gomes
    24 nov, 2016 Montalegre 14:07
    MENTIR esta no ADN deste governo e em particular no sr.costa.Por isso nao ha surpresas.O que me admira é haver Portugueses que ainda nao perceberam que estao a lidar com a mentira.
  • só os Psds
    24 nov, 2016 lis 13:50
    E os seus acolitos irrevogaveis, que andaram 4 anos a enganarem-nos é que não mentem e são serios! Todos nós sabemos!...Chicana politica e mais nada sabem fazer! O país que se lixe o que importa é andar de bandeirinha na lapela!
  • Petervlg
    24 nov, 2016 Trofa 11:28
    Toda a gente sabe que o governo esta a mentir. se participou em reunião teve acesso a informação.

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