24 nov, 2016 - 19:20
Mais de 50% dos vistos Gold estarão a escapar a Portugal e a sair para outros países, disse à Renascença a presidente do Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF).
Manuela Niza Ribeiro considera que a falta de funcionários e a demora de respostas do SEF estão a prejudicar este tipo de negócios importantes para o país.
“Ao invés de irem para Portugal, estão a sair de Portugal para outros países onde o processo é mais rápido: Espanha, França, Irlanda e Chipre tem agora um programa também bastante atraente para investimento externo. Sobretudo, no terceiro trimestre, mas é uma tendência que se vem a verificar desde o final do ano passado”, explica a sindicalista.
O SINSEF denuncia também o aumento de protestos dos imigrantes em frente ao SEF, pessoas que ficam com a vida em suspenso porque não vêem a sua situação documental resolvida.
“Têm as suas vidas suspensas e não têm resposta por parte da administração por impossibilidade de atendimento a todos os pedidos e conseguir dar resposta em tempo útil”, diz Manuela Niza Ribeiro.
Para a dirigente sindical, esta situação acontece porque “o SEF está a perder quadros às dezenas para outros organismos, não consegue fixar o seu pessoal, não consegue atrair novos candidatos”.
Manuela Niza Ribeiro dá um exemplo: “Imagine o que era para um de nós ter o seu cartão do cidadão daqui a seis meses. É uma situação que precisa de uma resposta muito muito bem estruturada”.
Os trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras aguardam ser chamados para as prometidas reuniões com a direcção do SEF, caso contrário têm formas de protesto já delineadas.