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Bloco não quer salário mínimo abaixo dos 557 euros

25 nov, 2016 - 00:26

Catarina Martins reafirmou a posição do partido no final do dia em que a concertação social esteve reunida e não chegou a entendimento.

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O Bloco de Esquerda não aceita uma negociação do salário mínimo abaixo dos 557 euros, afirmou a sua coordenadora, considerando esse valor um patamar mínimo a que a Comissão Europeia e os patrões estão a querer fugir.

Numa sessão pública quinta-feira à noite sobre o Orçamento do Estado, nas Caldas da Rainha, Catarina Martins reafirmou que o SMN terá que chegar aos 600 euros até ao final da actual legislatura, admitindo que em Janeiro possa ser actualizado para os 557 euros e posteriormente aumentado "5% ao ano".

"Se a concertação social chegar aquela razoabilidade que se espera, que é dizer 557 euros é muito pouco, vamos por já 600, óptimo. Mas não pode é negociar abaixo dos 557 euros", afirmou hoje a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, aludindo ao aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) que está a ser negociado com os parceiros sociais.

Esses são os valores que, lembrou, "ficaram firmados no acordo entre o BE e o PS como patamares mínimos", acordo que, sublinhou "hoje se prova tão importante, quando vemos da Comissão Europeia aos patrões toda a gente a querer fugir a esse mínimo de justiça que é aumentar o SMN".

O tema do salário mínimo tem estado no centro do debate nas últimas semanas, tendo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebido os parceiros sociais na semana passada, para auscultar patrões e sindicatos sobre a possibilidade de um acordo de médio prazo em sede de Concertação Social que abranja outras matérias, além do SMN.

O Governo comprometeu-se a aumentar o salário mínimo nacional de forma progressiva, de modo a que este atinja os 600 euros em 2019.

O salário mínimo foi fixado nos 530 euros este ano, devendo chegar aos 557 euros em 2017 e aos 580 euros em 2018, antes de chegar aos 600 euros em 2019.

Na sessão em que foi homenageado o Movimento Precários do CHO [um grupo de 180 precários do Centro Hospitalar do Oeste] a luta contra a precariedade foi outras das tónicas da intervenção da líder bloquista.

Catarina Martins instou a Estado a comportar -se "como pessoa de bem", já que não se pode "por o estado a combater a precariedade quando o Estado é o primeiro contratador de precários".

Há "100 mil pessoas a trabalharem para o Estado de forma precária e isso é ilegítimo" e "muitas vezes até ilegal", afirmou, considerando "uma urgência a vinculação desses trabalhadores "nos hospitais, nos centros de saúde, nas escolas, nas autarquias" onde prestam serviços e, sem os quais "o país parava".

Mas para isso, frisou, "vai ser preciso muita luta para identificar todas as pessoas nessa situação" e "uma grande luta para acelerar os prazos desta vinculação e para garantir que ela é feita de uma forma justa e que respeita quem vive do seu trabalho", disse Catarina Martins, apelando aos funcionários do CHO que se mantenham como "um exemplo" que deve ser seguido por outros precários em todo o país.

Comentários
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  • Rui Marecos
    26 nov, 2016 Trancoso 16:21
    óh catarina andavas de preto há tanto tempo, já previas a morte do vosso patrono.Veio de lá muita massa para vocês,nessa altura,UDP,MES,etc. Isso é que foi sacar.Agora sacam de onde? Parece que há uns Países da Ásia que dão uma ajuda.E dizem ser todos democráticos ao ponto se um cidadão não concordar com o chefe é fuzilado.Que democracia queres para cá, é esta? olha rapariga vai fazer teatro de rua ou dito pé descalço, ou melhor pedir dando algo em troca, porque aí talvez te safes.Só um costa asiático te dava ouvidos.Esperemos o futuro, mas com costa talvez vinhamos a ter um 25 de Novembro,por isso querem liquidar os comandos.
  • Vera
    25 nov, 2016 Palmela 21:16
    Ó Catarina! menos 4 euros nas pensões mínimas, menos 43 euros no salário mínimo!"O prometido, é devido!" Eu sei que não é de sua vontade... mas, esta sua justificação, não lhe assenta nada bem... Sabe? é que quando damos um jeito, àquilo que não tem jeito, para fazer jeito aos outros! acabamos também, por ficar sem jeito nenhum. Vou dar-lhe outro exemplo: numa aula de ginástica, quando fazemos equilíbrio na trave, subimos a trave e se a meio nos falta o equilíbrio, saltamos fora e perdemos pontuação! Ok? 'Feliz Natal'.
  • PEDRO PINTAS
    25 nov, 2016 GUIMARAES 09:38
    SERA QUE ESTE BLOCO COM 6 EUROS JA COMPROU MAIS UNS IDOSOS QUE RICA PRENDA PARA O NATAL AIJA VERGONHA PORQUE NAO MONTA A D. CATARINA UMA EMPRESSA E DA O SALARIO JUSTO DESPOI VAI NEGOÇIAR COM OS CLIENTES E MUITO BONITO FALADO VENHA PARA O TERRENO D CATARINA
  • Zita
    25 nov, 2016 Lisboa 07:42
    É pá, tanto dinheiro de aumento? Isso não fará congestão aos beneficiários? Afinal já saímos da crise, já se podia aumentar os salários de acordo com a atualidade. Já quanto às pensões mínimas foram uns malucos a dar aumentos 6 euros que, parecendo que não, representam 20 cêntimos, pronto já podem comer mais uma carcaça por dia. Grandes malucos!

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