Saída em bloco. Seis administradores da Caixa apresentam demissão

28 nov, 2016 - 08:50

Emídio Pinheiro, Henrique Menezes, Paulo Pereira da Silva, Pedro Norton, Angel Guraya e Herbert Walter já comunicaram a saída à CMVM.

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A Caixa Geral de Depósitos comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a renúncia ao cargo do seu presidente, António Domingues, bem como de seis vogais do conselho de administração.

"A Caixa Geral de Depósitos, S.A. informa que o Senhor Dr. António Domingues renunciou ao cargo de Presidente do Conselho de Administração. Mais informa que apresentaram igualmente a renúncia aos cargos de vogais do Conselho de Administração os Senhores Dr. Emídio José Bebiano e Moura da Costa Pinheiro, Dr. Henrique Cabral de Noronha e Menezes, Dr. Paulo Jorge Gonçalves Pereira Rodrigues da Silva, Dr. Pedro Lopo de Carvalho Norton de Matos, Dr. Angel Corcóstegui Guraya e Dr. Herbert Walter", refere a nota enviada esta segunda-feira ao regulador do mercado.

À polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos pela nova administração da CGD seguiu-se uma nova controvérsia relacionada com a eventualidade de Domingues estar na posse de informação privilegiada sobre a Caixa quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco enquanto ainda era administrador do BPI.

O PSD resolveu apresentar no parlamento quatro requerimentos formais para esclarecimentos directos do primeiro-ministro e questões aos reguladores Banco de Portugal (BdP) e Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O Ministério das Finanças confirmou no domingo a saída de António Domingues. “O Governo foi informado pelo presidente do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos da renúncia apresentada pelo presidente do Conselho de Administração”, dizia a nota.

“O Governo lamenta” a renúncia que “só produzirá efeitos no final do mês de Dezembro”, acrescentava o texto.

A equipa de gestão da Caixa tinha entrado em funções a 31 de Agosto.

Bruxelas aguarda novos nomes

A Comissão Europeia já se pronunciou sobre a saída dos administradores da CGD.

"A Comissão tomou conhecimento do anúncio. Aguardamos que as autoridades portuguesas apresentem uma nova equipa de gestão", disse um porta-voz do executivo comunitário à Lusa, sem fazer qualquer comentário ao processo que resultou na demissão de António Domingues.

[notícia actualizada às 9h54]

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Luís
28 nov, 2016 Lisboa 12:29
Quem anda a colocar o ónus da culpa nos gestores, não está a ver a situação como deve ser vista. A questão aqui é realmente perceber quem deu o aval a esta administração para que não fosse necessário a apresentação da respetiva declaração. Alguém aqui esta a esconder algo e a dar o dito por não dito. Mas mais tarde ou mais cedo vamos perceber o que realmente se passou!!
António dos Santos
28 nov, 2016 Coimbra 11:34
É obrigação e um imperativo, a DGF abrir um processo de investigação a estes senhores, pois a recusa levanta muitas suspeitas, sobre fugas ao fisco. Este processo deve ser honesto, rigoroso e público. Se este não acontecer, é sinónimo que o Ministério das Finanças é conivente.
Antero Ferreira
28 nov, 2016 Porto 11:19
Já vão tarde...deviam ter vergonha de não quererem apresentar a declaração de rendimentos...julgam que são superiores ao Povo Português??? enquanto não existir outra revolução, mas sem cravos nas G3s, isto não vai lá...
Luís Almeida
28 nov, 2016 Lisboa 11:17
Toda esta polémica está mal explicada, alguém acredita de que esta equipa de gestores e o Sr. António Domingues, aceitaram ir para a CGD sem terem uma garantia de alguém do governo de que não seria necessário a apresentação da declaração de rendimentos? O que este governo fez, foi porem a cabeça no buraco e não dar seguimento à "palavra dada é palavra honrada"!!
XXT
28 nov, 2016 Lisboa 11:15
Comportamento de criminosos que têm algo a esconder. Deviam ser todos investigados.
XXT
28 nov, 2016 Lisboa 11:06
Comportamento de criminosos que têm algo a esconder. Deviam ser todos investigados.
Dr Xico
28 nov, 2016 Lisboa 11:03
JUSTIÇA EM CIMA DELES quem esconde tem rabo preso. Isto é tudo muito estranho, então as finanças sabem tudo de todos e estes tem património escondido???. Ainda bem que sairam, a CGD não precisa deste tipo de gestores, opacos, rasteiros, habilidosos, donos disto tudo. Pena não ter saido há 2 meses, mas cuidado que leva informação privilegiada da CGD muita atenção
Esclarecido
28 nov, 2016 Lisboa 10:52
Pois é o que dá quando quem os contratou lhes fez promessas que não podia cumprir... e essa é que é a questão: alguém no governo acordou que não precisavam de mostrar a declaração de rendimentos e nesse pressuposto aceitaram o cargo e, afinal, a palavra desse alguém não valia para nada. Conclusão mandaram os tipos do governo à mer*a porque não precisam desses tipos para nada.
Joker
28 nov, 2016 Pergunta ao Diabo 10:48
Estas sansessugas pos não têm outro nome. que ganham milhões, deviam era ser pendurados pelos pés com um tijolo amarrado e mandados da ponte 25 abril. É mais uma das vergonhas deste país, onde tantos não têm trabalho, enquanto outros se dão ao luxo, de por não gostarem que se saiba quanto ganham se despede..... TENHAM VERGONHA NA CARA.
Vitor
28 nov, 2016 parada 10:46
Pergunta: agora com conhecimento do estado do banco esta gente pode vender essas informaçoes a potenciais interessados e isto ajudar o banco a cair?