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​Exportações ajudam economia a crescer 1,6% no 3.º trimestre

30 nov, 2016 - 13:06

Os dados são do INE e mostram que, no investimento, há registo de "uma variação homóloga em volume mais negativa".

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A economia portuguesa cresceu 1,6% no terceiro trimestre face ao período homólogo e 0,8% em relação ao trimestre anterior, segundo o INE, que, nos dados divulgados esta quarta-feira, manteve a estimativa rápida divulgada a 15 de Novembro.

Nas Contas Nacionais Trimestrais relativas ao terceiro trimestre deste ano quarta-feira publicadas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) refere que, neste período, a economia portuguesa registou "um aumento de 1,6% em volume", que compara com uma variação de 0,9% nos dois trimestres anteriores.

Segundo o instituto, "o crescimento mais intenso do PIB [Produto Interno Bruto] reflectiu sobretudo o aumento do contributo da procura externa líquida, que passou de 0,1 pontos percentuais [p.p.] no segundo trimestre para 0,7 p.p. em consequência da aceleração mais acentuada das exportações de bens e serviços comparativamente com a verificada nas importações de bens e serviços".

Numa análise por componentes, o INE indica que "o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou ligeiramente, passando de 0,8 pontos percentuais no segundo trimestre de 2016 para 0,9 pontos percentuais", observando-se uma aceleração das despesas de consumo final das famílias residentes para 1,9% (1,6% no trimestre anterior).

Por sua vez, a variação homóloga do consumo público passou de 0,7% no segundo trimestre para 0,5%, "o que está associado em parte ao impacto da diminuição da duração do período normal de trabalho na Administração Pública de 40 para 35 horas semanais, que se traduziu num aumento do deflator da componente de remunerações e num efeito negativo em volume".

Comparando o desempenho do terceiro trimestre com o do trimestre anterior, o INE aponta que "o PIB aumentou 0,8% em termos reais (0,3% no trimestre anterior)".

A contribuição da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi de 1,3 p.p. (contributo de -0,4 p.p. nos dois trimestres anteriores), verificando-se um crescimento das exportações de bens e serviços e uma diminuição das importações de bens e serviços.

Já a procura interna registou um contributo negativo de 0,4 p.p. para a variação em cadeia do PIB (contributo de 0,6 p.p. no trimestre precedente), observando-se uma redução do investimento e do consumo público, enquanto as despesas de consumo final das famílias residentes aumentaram.

O consumo privado aumentou 1,9% no terceiro trimestre deste ano em termos homólogos, ou seja, uma "taxa superior em 0,3 p.p. à observada no trimestre precedente", o que se deveu "à aceleração do consumo privado em bens não duradouros e serviços, que apresentou uma variação homóloga de 1,5% (1,0% no trimestre anterior)".

"Em sentido oposto", o consumo de bens duradouros desacelerou, passando de uma variação homóloga de 7,9% no segundo trimestre para 6,2% "refletindo, em larga medida, a evolução da componente automóvel".

Em comparação com o segundo trimestre de 2016, verificou-se que o consumo privado aumentou 0,5% entre julho e setembro, após uma diminuição de 0,1% no trimestre anterior.

No que se refere ao investimento, esta componente do produto "registou uma variação homóloga em volume mais negativa", passando de -2,3% no segundo trimestre para -3,1%, reflectindo o comportamento da variação de existências, que apresentou um contributo de -0,3 p.p. para a variação homóloga do PIB (contributo nulo no trimestre anterior).

As exportações de bens e serviços em volume "passaram de uma variação homóloga de 1,8% no segundo trimestre para 5,4% no terceiro trimestre", um comportamento que resultou da aceleração das componentes de bens (5,7%, face a 2,5% no trimestre anterior, influenciadas em 0,6 p.p. pela venda de material militar) e de serviços (4,4%, face a -0,2% no segundo trimestre).

As importações, por seu lado, aumentaram 3,5% em termos homólogos, "acelerando face ao crescimento de 1,4% observado no trimestre precedente".

As importações de bens cresceram 3,9% em termos homólogos (1,9% no trimestre anterior) e as importações de serviços registaram uma taxa de variação homóloga de 1,3% (-1,4% no 2º trimestre de 2016).

Comparativamente com o segundo trimestre de 2016, as exportações totais aumentaram 2,5% em volume (variação em cadeia de 1,2% no segundo trimestre), enquanto as importações diminuíram 0,4% (aumento de 2,0% no trimestre anterior).

De acordo com o INE, o VAB (Valor Acrescentado Bruto) total a preços base passou de um crescimento homólogo de 0,5% no segundo trimestre para uma variação de 1,0% no terceiro trimestre.

O emprego para o conjunto dos ramos de atividade da economia, corrigido de sazonalidade, aumentou 2,2% homólogos no terceiro trimestre, após o aumento de 0,8% no trimestre anterior, enquanto o emprego remunerado (também corrigido de sazonalidade) aumentou 1,8% em termos homólogos, variação semelhante à do trimestre precedente.

Comentários
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  • joao r
    30 nov, 2016 queluz 18:16
    Oh antonio mostre la quando a esquerda criticou as exportacoes? Anda distraido ou quer comer-nos por parvos? O que foi criticado foram as mentiras. Os cortes de salarios, pensoes, ferias, na saude e escolas. A venda por patacos de empresas estrategicas. Pensa que andamos a dormir? Nao viu as sondagens?
  • Filipe Cunha
    30 nov, 2016 Ovar 18:11
    A PAF espuma e resfolega de dor-de-cotovelo. Gosto.
  • Luis
    30 nov, 2016 Lisboa 17:21
    Cresceu sem cortes nem roubos. Os empresarios afinal acreditam no governo e o valor das exportações é prova disso. Comprova-se que afinal havia alternativa sem ser necessario pôr uma grande parte do povo na miséria. Deficit com valores nunca alcançados. Desemprego em valores cada vez mais baixos. Compromissos internos e externos cumpridos sem qualquer tipo de subserviência. Paz social, estabilidade politica e esperança no futuro. Falta trabalhar no sentido de reestreturar a divida. Temos um governo para quem os Portugueses são Portugal.
  • António
    30 nov, 2016 Portugal 14:03
    como já se sabia o crescimento ficou a dever-se às exportaçoes. O modelo defendido pelo governo anterior e que tao criticado foi pelos 3 partidos da governaçao actual. Chama-se enganar os Portugueses.

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