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Caixa. PSD "estima" Paulo Macedo, mas insiste em pedir responsabilidades ao Governo

02 dez, 2016 - 15:23

"Todas as trapalhadas que aconteceram na Caixa Geral de Depósitos há quase um ano nunca foram uma questão de pessoas, foram uma questão de escolhas, de más decisões, de incompetência do Governo", acusa o deputado António Leitão Amaro.

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O PSD “estima e respeita” Paulo Macedo, o próximo presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas insiste em exigir responsabilidades ao Governo.

"Todas as trapalhadas que aconteceram na Caixa Geral de Depósitos há quase um ano nunca foram uma questão de pessoas, foram uma questão de escolhas, de más decisões, de incompetência do Governo", disse esta sexta-feira aos jornalistas, no Parlamento, o deputado António Leitão Amaro.

O parlamentar social-democrata insistiu que, "qualquer que seja a administração, qualquer que seja o líder, há regras básicas a que têm de estar sujeitos: deveres de transparência, todas as regras do estatuto do gestor público, limites aos salários", e reiterou que o PSD vai continuar a exigir o seu cumprimento.

"O dr. Paulo Macedo escolhido pelo Governo, segundo informações confirmadas, é um independente que respeitamos e estimamos, mas as regras, os princípios básicos de transparência, boa gestão pública, escrupuloso cuidado na aplicação do dinheiro dos contribuintes, valem independentemente das pessoas, por mais estimadas que elas sejam", afirmou.

"O PSD cá estará hoje como ontem a exigir através dos seus esclarecimentos e de iniciativas legislativas que a transparência, a dignidade das funções públicas, a boa gestão do dinheiro dos contribuintes, e que a preservação da confiança e a tranquilidade do maior banco público prevalecem para além e acima das trapalhadas e da má gestão a que este Governo tem votado a Caixa Geral de Depósitos", acrescentou.

Leitão Amaro frisou que esta semana o PSD voltou a enviar, por escrito, um conjunto de pedidos de esclarecimento ao primeiro-ministro, António Costa, mantendo que não abdicam de nenhuma das prorrogativas para que os preste, como chamar o chefe de executivo à comissão parlamentar de inquérito sobre o banco público.

O Governo convidou Paulo Macedo para presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Rui Vilar para 'chairman', tendo ambos aceitado os convites, informou esta sexta-feira o Ministério das Finanças.

Em comunicado, o ministério de Mário Centeno indica que "o Governo decidiu convidar o doutor Paulo Macedo para CEO [presidente executivo] da CGD, tendo o convite sido aceite", e que, "para 'chairman' [presidente do Conselho de Administração] da CGD foi convidado o doutor Emílio Rui Vilar, convite esse que também foi aceite".

Na nota, a tutela refere que o Governo está, em conjunto com Paulo Macedo e Emílio Rui Vilar, "a trabalhar na definição da composição do restante Conselho de Administração" da Caixa, reiterando que "o processo de nomeação do novo Conselho de Administração da CGD segue assim o seu curso normal".

No passado domingo, António Domingues apresentou a demissão do cargo de presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

À polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos pela nova administração da CGD, que António Domingues se recusava a cumprir, juntou-se, em seguida, uma nova polémica relacionada com a eventualidade de Domingues estar na posse de informação privilegiada sobre a CGD quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco, quando ainda era quadro do BPI.

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  • Antonio Ferreira
    02 dez, 2016 Porto 17:50
    Finalmente temos alguém; sério , honesto e competente na gestão dos dinheiros públicos. Não entendo porque demoraram tanto na escolha. Este senhor não tem nada a provar, já o provou quando passou pelos vários governos, como ministro, demonstrando a sua competência e honestidade. Não sei porque não são aproveitados os ´´ Paulos Macedos ´´ que andam por aí esquecidos e, que tanta falta fazem a este país, pois só com gente desta estirpe podemos sonhar com um país livre da corrupção. Muita sorte e felicidades para o novo CEO da CGD.
  • Jose Oliveira
    02 dez, 2016 Oeiras 16:42
    Este senhor continua a querer sacrificar-se pelo País; infelizmente quem sofre são os portugueses: montou a máquina fiscal que transformou o Estado em ladrão que dispara primeiro e pergunta depois, e depois como ministro da Saúde deixou inúmeros portugueses morrerem ou sofrerem todo o tipo de agruras à custa da propalada racionalização de custos.
  • Os PSDs
    02 dez, 2016 lis 16:34
    O que estimam mais são os seus interesses pessoais e dos lugares do poder, pois não sabem viver sem eles! O país e a Caixa que se lixem!... A hipocrisia também é coisa que não lhes falta!
  • Filipe Cunha
    02 dez, 2016 Ovar 15:53
    O PSD é uma vergonha. Como nada tem para apresentar, presenteia-nos com circo. Responsável um partido que tudo fez para dinamitar a CGD quando era governo e agora quando está longe do tacho que tanto aprecia? Vão brincar com o Cavaco!
  • QUEREMOS A VERDADE
    02 dez, 2016 Lx 15:39
    E os portugueses querem essas explicações: o que houve para o dr. Domingues se demitir, porque razão o fez, como vai ser feita a recapitalização da CGD, porquê os 5 mil milhões e não os 2, 2 mil milhões estimados pelo anterior administrador da CGD, quantas pessoas verão o seu contrato de trabalho revogado por mútuo acordo, quem paga as indemnizações e ou compensações , quantos balcões vão encerrar, quais os clientes que deram calotes e forma de os ir buscar esse dinheiro. e tudo o mais a esclarecer. E isto pela simples razão que apesar de não ser cliente da CGD vou ajudar com os meus impostos nessa vergonha de recapitalizar um banco que é público....

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