Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Maria Luís e Passos não entendem críticas do Tribunal de Contas à gestão da Caixa

06 dez, 2016 - 13:02

TC aponta fragilidades no controlo do accionista Estado sobre o banco público entre 2013 e 2015. Maria Luís defende-se e ataca Costa.

A+ / A-

A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho não compreendem as conclusões do Tribunal de Contas de falta de transparência no controlo da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Um relatório do Tribunal de Contas sobre o sector empresarial do Estado aponta fragilidades ao nível do controlo do accionista Estado sobre o banco público entre 2013 e 2015.

“Não entendo exactamente em que contexto é que, eventualmente, a Inspecção Geral de Finanças pudesse acrescentar transparência ou melhor controlo [sobre a CGD]. Sendo uma entidade do sector financeiro, tem exigências muito superiores”, disse Maria Luís Albuquerque, ressalvando que apenas soube da existência do relatório pelas notícias difundidas esta terça-feira.

A ex-ministra das Finanças lembra que a Caixa, tal como todos os bancos que compõem o sistema financeiro, já é alvo de um escrutínio muito mais exigente e rigoroso. "A CGD e todos os bancos estão sujeitos a um nível de escrutínio muito mais exigente e rigoroso do que qualquer outra entidade do sector público empresarial", garante.

Por esta razão, a vice-presidente do PSD diz não compreender as conclusões agora reveladas no relatório do Tribunal de Contas.

Maria Luís lançou ainda farpas a António Costa que na segunda-feira, em entrevista à RTP, criticou o anterior Governo.

“Costa repetiu uma mentira certamente na convicção de que uma mentira repetida muitas vezes passa a ser verdade. Repetiu que o anterior governo ocultou a verdadeira situação do sistema financeiro, incluindo da CGD, para assegurar a saída limpa. Ao fazer uma acusação desta gravidade, mesmo que falsa, não põe em causa apenas o anterior Governo, mas também a administração anterior da CGD (...) e coloca em causa reguladores e supervisores incluindo a DGCom [Direcção Geral da Concorrência, organismo europeu] e auditores a quem diz agora que confia", enfatizou Maria Luis.

Ainda sobre a CGD, Maria Luís Albuquerque frisou que o Governo de António Costa nada fez e que se desconhece o que pretende fazer. “Está em funções há um ano e até agora não fez nada. Continuamos sem saber quanto dinheiro dos contribuintes vai ser colocado na CGD, quais são as consequências para a actividade do banco, para os seus trabalhadores e para que servirá a injecção de dinheiro público e privado que se perspectiva”, concluiu.

Passos: "Não há falta de transparência"

Também o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho rejeitou qualquer falta de transparência no controlo da Caixa Geral de Depósitos entre 2013 e 2015, destacando um "nível de auditoria com profundidade e exigência muito maior" do que no passado.

"Não há nenhuma falta de transparência, pelo contrário, penso eu. Não acredito que o Governo pense de outra maneira e aquilo que existe é um nível de auditoria com profundidade e exigência muito maior do que existiam no passado", enfatizou.

Passos Coelho destacou que "tem havido uma melhoria de transparência, de auditoria, de monitorização que abrangeu todas as instituições do sector empresarial do Estado".

"No caso das instituições do sector financeiro essas exigências ainda eram superiores e foram realizadas por entidades que têm mais vocação do que a Inspecção-Geral das Finanças para as poder fazer, em particular o próprio Banco de Portugal", sublinhou ainda.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Pinto
    07 dez, 2016 Custoias 00:38
    Parlamentares do PSD na época passada disseram que para se ter gestores sérios tem-se de pagar um salário milionário à altura. Eu pergunto, então para se ter trabalhadores honestos não se devia pagar um salário à altura conforme a economia de momento?
  • rosinda
    06 dez, 2016 palmela 17:38
    Uma coisa que eu tambem nao entendo e a importacao de lixo para setubal!
  • António
    06 dez, 2016 coimbra 17:33
    Esta é prá MARIA... realmente a falta de transparência deste governo é aterradora.... Mas a do anterior, só agora está a transparecer!!! EH!EH! Mariazinha, peço desculpa... mas também pertences á máquina???? Estarás ´'abrangida', pelo anterior governo???
  • Luis
    06 dez, 2016 Lisboa 17:28
    Pois claro que não entendem. O Tribunal de contas só vem confirmar aquilo que já se sabia. O Objectivo desta dupla de crápulas era destruir a CGD para depois a privatizar vendendo-a aos amigos a preço de saldo. Nada que não tivessem feito noutros casos.
  • Hugo
    06 dez, 2016 Pombal 17:26
    Peçam ao treinador do porto que eles faz lhes um desenho.
  • r842010
    06 dez, 2016 Porto 17:16
    Quando não convém, não se percebe!
  • OLP
    06 dez, 2016 Lisboa 17:11
    Não entendem as críticas porque têm dificuldades cognitivas permanentes em matéria de economia. Se entendessem é que seria de admirar.
  • rosinda
    06 dez, 2016 palmela 17:11
    Eles nao entendem e eu tambem nao!
  • ailema
    06 dez, 2016 mem martins 17:07
    É preciso não ter vergonha, memória, honestidade, sentido de estado e não saber prestar serviço público. NINGUÉM obriga alguém a aceitar funções para que não tem qualquer habilitação prática, experiência profissional ou competência provada. Mas...... aceitam e depois o resultado prático e catastrófico é o erário publico, ou vulgarmente, e sempre os contribuintes pagarem a calamidade. Mas depois nunca são responsabilizados por decisões tomadas e comprovadamente mal decididas. Exemplos.. .Venda da E.D.P. da Cimpor, dos Correios etc. (é verdade o António Borges já morreu. O supra sabedor, conhecedor e conselheiro económico do nosso péssimo 1º ministro Pedro Passos Coelho, que já teve tempo para se habituar á ideia QUE É 1º COISA NENHUMA. Peça o subsídio de desemprego ou faça-se á vida, isto é, ao trabalho duro com ou sem empreendedorismo.
  • Felix Lamartine
    06 dez, 2016 Porto 17:00
    Maria há na sua cabeça, um confusão qualquer e a continuar assim é melhor uma consulta médica urgente. Em 2013/2015 quem era governo era o PSD e não o PS; quem é agora acusado de falta de transparência é o PSD e não o PS; Quem faliu a CGD foi o PSD e não o PS. Acorde Maria.

Destaques V+