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Passos Coelho foi “o único” primeiro-ministro que pôs dinheiro na Caixa

10 dez, 2016 - 23:26

Antigo primeiro-ministro social-democrata acusa o actual Governo de ser “verbo-de-encher".

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirma que foi "o único" primeiro-ministro que pôs dinheiro na Caixa Geral de Depósitos" (CGD) e que o actual Governo "é um verbo-de-encher".

"Eu quando fui primeiro-ministro capitalizei a Caixa. Pusemos lá 900 milhões de euros em híbridos financeiros e 750 milhões de euros de capital. Até hoje, portanto, eu fui o único primeiro-ministro que pus dinheiro na Caixa, porque a este Governo é um verbo-de-encher, fala, fala, fala que tem uma operação, que está tudo previsto, autorizado, mas passou um ano e ainda não aconteceu nada", afirmou o líder social-democrata.

Passos Coelho, que falava num jantar de Natal com militantes de Alijó, no distrito de Vila Real, regressou ao tema da CGD e reforçou as críticas ao que considerou a falta de respeito pelas instituições democráticas em todo este processo.

"Tem faltado ostensivamente o respeito pelas regras da democracia. Em democracia nós respeitamos as decisões da maioria, mas respeitamos também as minorias e a oposição. Nós não desqualificámos nem o Governo nem a oposição", frisou.

O presidente do PSD acusou o Governo de "nunca responder" às perguntas que são colocadas por escrito ou verbalmente.

"E o primeiro-ministro em particular acha que com a sua bonomia que em vez de responder não fica mal dizer umas graçolas. Quando não se responde é uma falta de respeito pelas instituições democráticas. Temos assistido a um exercício ostensivo de falta de respeito democrático sempre que estamos a tratar da CGD", afirmou.

Mas depois, segundo Passos Coelho, ou o Governo ou a administração demissionária "todas as semanas põem nos jornais aquilo que se recusam a responder ao Parlamento".

"Não há resposta quando se pergunta se há plano de reestruturação, mas os jornais volta meia volta dizem que há um plano, que são capazes de fechar cerca de 180 balcões, mas que balcões, onde, para ter que rentabilidade", questionou.

E agora, segundo Passos Coelho, os jornais dizem que "já há luz verde para a primeira fase, que pode ocorrer até ao final deste ano, e é para reconhecer perdas e reduzir o capital".

"Eu acho que se isto se estivesse a passar com qualquer outro Governo não havia quem calasse os socialistas e bem, porque isto é uma pouca-vergonha e é uma falta de respeito pelas instituições democráticas. É dos tempos que vivemos", salientou.

O presidente do PSD lembrou ainda as acusações que eram feitas ao seu Governo de estar a desmantelar o Serviço Nacional de Saúde e ironizou referindo que "o homem que era responsável por desmantelar o SNS foi agora chamado para tratar da saúde da CGD". "É uma coisa estranha", frisou.

E porque o Natal está a chegar, o líder social-democrata deixou os votos natalícios.

"Que o ano de 2017 traga mais responsabilidade política, mas também mais consciência democrática do que nós temos visto ao longo do ano de 2016", concluiu.

Comentários
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  • bem podes
    11 dez, 2016 port 14:06
    mostrar a "peitaça", tirando a gravatinha, que não vales nada! Zero!...
  • por favor!
    11 dez, 2016 lx 13:25
    A RR que tenha mais bom senso e que deixe de dar tanta credibilidade a este oportunista hipocrito! Quando há 4 partidos na AR que discutem, dialogam e chegam a consensos para darem corpo à governação, como é que um individuo destes, que quando foi poder, enviava para a AR toda a legislação que queria ver aprovada pela sua maioria de acólitos, sem sequer permitir quaisquer alterações pela oposição, até, pasme-se, legislação considerada anti constitucional, pode agora vir afirmar que não tem havido consciência democrática! Mas, quem pode ainda levar a serio um mentiroso compulsivo destes?
  • luis
    11 dez, 2016 Lisboa 12:33
    As lágrimas de crocodilo deste personagem só chegam a quem andava a mamar na teta do estado como os colégios privados e outros.
  • 11 dez, 2016 Alverca 12:26
    Nunca pensei que este Sr fosse tão fraquinho, também pôs no BANIF e deu no que deu ! que falta de competência,
  • Este abencerragem
    11 dez, 2016 lis 12:25
    continua a debitar para a sua tribo!...Felizmente, já muitos, de boa fé, enganados há 5 anos, não o levam a serio!...
  • Fausto
    11 dez, 2016 Lisboa 11:53
    O Passos e a CGD...todo o santo dia...sempre que fosse preciso salvar um banco devia fazer-se um referendo...este é o país da europa com menos referendos...
  • O desespero
    11 dez, 2016 lis 11:50
    desta personagem, faz com que vire Calimero e piegas! Ofendeu e empobreceu centenas de milhares de famílias portuguesas, destruindo-as mandando emigrar os seus filhos netos! Só quem não sofreu as consequências ou estiver cego é que ainda pode dar credibilidade a este oportunista e à sua pandilha que o rodeia e defende! Já mete nojo ouvi-lo com tanta desfaçatez que exala! Porque não emigra seguindo os seus próprios conselhos e nos deixa em paz e sossego!
  • Albertina Sarmento
    11 dez, 2016 Anadia 11:46
    Realmente a RR está a tornar-se numa coisa... então o presidente do psd diz uma qualquer bacorada, que julga ou lhe dá jeito dizer, e a "respeitada" RR põe isso em grandes parangonas como se se tratasse da constatação de um facto, uma notícia verdadeira??!! Pelo amor de Deus, todos se lembram do candidato do psd a primeiro ministro em 2010 (e anos subsequentes), das suas mentiras e falsidades, daquilo que prometeu fazer e do que realmente fez deste país e da sua gente,... Dar cobertura a este ser é ser igual a ele e da minha parte merece a mesma consideração que tenho pelo visado!
  • Pois é!
    11 dez, 2016 lis 11:42
    E com que intenção?...Oferecer a seguir aos privados, com a privatização em curso e à sucapa! Este figurão continua a ser o maior mentiroso compulsivo que esteve no poder!
  • Jaime Menezes
    11 dez, 2016 Paço de Arcos 11:36
    Terá sido? A palavra dele vale muito pouco depois de se ter comprometido com coisas e loisas e nada ter cumprido. Mas também deveria vangloriar-se de que terá sido o único primeiro ministro a cortar drásticamente nas pensões da maioria, no RSI, nos salários, deprimindo socialmente inúmeros portugueses, tendo como coroa de glória os 2.000.000 no limiar absoluto de pobreza, fazendo crescer o desemprego e a precariedade do emprego, para valores medonhos. Este ex-primeiro ministro deveria estar calado, não se esquecer de que o Cavaco deixou de ser o PR, já foi para bem do país e dos portugueses, mas PPC não se cansa de meter o pé na poça, afundando-se de cada vez que fala.

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