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Bagão Félix descarta interferência na concessão de crédito na Caixa

20 dez, 2016 - 23:33

Antigo ministro das Finanças afirmou que nunca teve a tentação de tratar a Caixa como uma direcção-geral do Estado e que, no máximo, o Governo deve ter a tutela estratégica.

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O antigo ministro das Finanças António Bagão Félix descartou esta terça-feira qualquer tipo de ligação a operações de concessão de crédito da Caixa Geral de Depósitos (CGD) enquanto foi membro do Governo.

"Nunca tive qualquer relação com a administração da CGD ou o seu presidente que dissesse respeito a uma operação de crédito", vincou Bagão Félix.

O responsável, que foi ministro das Finanças de um governo PSD/CDS-PP entre 2004 e 2005, foi ouvido na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, trabalhos que têm traçado uma análise do banco desde o ano 2000 até ao presente.

Bagão Félix afirmou que nunca teve a tentação de tratar a Caixa como uma direcção-geral do Estado e que, no máximo, o Governo deve ter a tutela estratégica.

Bagão sustenta que a CGD é uma instituição bancária "num regime aberto de concorrência", o que significa que, para além do accionista Estado, há entidades permanentemente "atentas" ao banco, casos das "autoridades de concorrência, supervisão e regulação", não só em Portugal mas também no seio europeu.

O antigo governante declarou ainda ser favorável a que o banco público tenha um modelo de governação "não dualista", isto é, que seja um só elemento a assegurar em simultâneo a presidência da administração e da comissão executiva.

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