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Salário mínimo: 557 euros a partir de Janeiro? 540? 565 ou 600 euros?

22 dez, 2016 - 06:34

Governo quer consenso e acordo de médio prazo em 2017. Actualmente, o salário mínimo nacional é de 530 euros.

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O Governo vai tentar alcançar esta quinta-feira com os parceiros sociais um consenso para a actualização do salário mínimo em 2017, numa altura em que o executivo apresentou uma proposta que serve de base para um acordo de médio prazo.

Esta será a segunda reunião esta semana, depois de na segunda-feira o encontro em sede de Concertação Social ter terminado de forma inconclusiva, e no qual o executivo formalizou a sua proposta para a actualização do salário mínimo nacional: 557 euros a partir de Janeiro, a par de uma redução de 1 ponto percentual na Taxa Social Única (TSU) para as empresas.

Numa altura em que parece difícil alcançar um consenso em torno da actualização do salário mínimo, com os patrões a reivindicarem uma subida para os 540 euros e com os sindicatos a pedirem valores entre os 565 euros (UGT) e os 600 euros (CGTP), o executivo apresentou aos parceiros uma proposta que servirá de base para um acordo de médio prazo.

Actualmente, o salário mínimo nacional é de 530 euros, devendo chegar aos 557 euros, em 2017, e aos 580 euros, em 2018, antes de chegar aos 600 euros, em 2019, conforme o compromisso assumido pelo Governo.

Para 2020, o documento do executivo estabelece a “adopção de um modelo semestral de actualização que expressamente garanta a manutenção do poder de compra e o equilíbrio da repartição de rendimentos”, mas falta esclarecer o que isto significa.

De acordo com o terceiro relatório sobre o impacto da subida do salário mínimo, apresentado pelo Governo aos parceiros sociais, em Setembro deste ano, cerca de 21% dos trabalhadores em Portugal recebiam o salário mínimo nacional, ou seja, 648 mil.

Como modernizar o mercado?

Ao nível da legislação laboral, o Governo propõe a promoção de acções conjuntas para o desenvolvimento da negociação colectiva e para a modernização do mercado de trabalho, que passam por um compromisso entre patrões e sindicatos “de não denúncia de convenções colectivas de trabalho durante um período de 18 meses”, o que UGT e CGTP rejeitam.

É igualmente proposta uma “avaliação integrada do quadro laboral existente” na sequência do Livro Verde das Relações Laborais, com vista à celebração de um acordo durante o próximo ano, o que mereceu a discordância dos patrões que rejeitam mexidas nas leis do trabalho.

O Governo quer ainda discutir e integrar medidas de redução “da excessiva segmentação do mercado de trabalho”, mas não especifica quais.

Ao nível da promoção da modernização económica e competitividade das empresas, o executivo apresenta vários pontos, que passam por mecanismos de financiamento à economia e à capitalização das empresas, no âmbito do programa Capitalizar.

A formação para adultos, a redução dos custos de contexto, o reforço ao empreendedorismo, e o compromisso para uma estabilidade fiscal são também medidas apresentadas no documento do Governo e que estará em discussão no próximo ano.

Comentários
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  • Jaquelina Rey
    22 dez, 2016 Cascais 10:25
    557 Euros? Isso é uma fortuna. Passos Coelho foi um herói por ter aumentado o salário mínimo para 530 Euros. Mas já chega. Mais do que 530 Euros é um suicídio dos nossos empresários, não se pode suportar tal situação ou então aumenta-se o horário de trabalho para as 10 horas diárias. Viva o PSD-CDS. Viva Passos Coelho E Paulo Portas os meus heróis.
  • De qualquer lado
    22 dez, 2016 S.M.Aç 10:10
    Para todos os que se queixam da rr sobre não publicar os comentários, estão a dizer a verdade, pois muitas vezes também me acontece o mesmo. Uma vergonha.
  • Rui
    22 dez, 2016 Lisboa 09:50
    Quem devia estar sujeito a ordenados mínimos eram os políticos não para castigar ninguém mas para terem a noção do que se está a discutir.
  • ze
    22 dez, 2016 lisboa 09:40
    O mais correcto seria ganharmos tanto como os nossos amigos Alemães ou Franceses... já que são eles que nos impões as regras devia ser igual para todos...
  • PP
    22 dez, 2016 SETUBAL 09:35
    O estado Portugues nem deveria pagar o ordenado mínimo aos seus funcionários deveria sim pagar sempre a cima do SALARIO MINIMO. Os patrões estiveram desde 2012 sem aumentar o salario mínimo ainda assim não querem fazer agora quem não tem condições de pagar 557€ tem de fechar as portas não são sérios.
  • Cidadao
    22 dez, 2016 China 09:14
    Que ninguèm comente nada na rr . Nao publicam os comentarios !!! Censura pidesca !!!
  • Pietro Fratantonio
    22 dez, 2016 milheiros de poiares 09:11
    Todos o PS devias ter um salário de 530 Euro e os politico em geral
  • Juan Panvini
    22 dez, 2016 Mafra 08:34
    A RR, é pior que a censura, NÃO publica os comentários que são feitos às notícias. NÃO posso concordar com a dimunição da TSU, o que se está a dar é um BONUS a quem paga menos. Sei que não irá ser publicado, como tem sido normal.

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