12 jan, 2017 - 19:06
O antigo ministro das Finanças Teixeira dos Santos garante que nunca foi pressionado pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, para mudar a equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), assumindo a escolha de Santos Ferreira e Armando Vara.
"O primeiro-ministro nunca me pressionou no sentido de fazer qualquer mudança, nem de nomear fosse quem fosse para a administração da Caixa Geral de Depósitos. Foi iniciativa minha", afirmou Teixeira dos Santos na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão do banco público.
O antigo ministro foi depois questionado pelo deputado do CDS, João Almeida, com as pressões admitidas pelo por Campos e Cunha, antecessor de Teixeira dos Santos, para nomear Carlos Santos Ferreira e António Vara para o banco público.
"Eu creio que é uma coincidência. Penso que ninguém está em condições de comprovar que alguma vez esse nome foi sugerido ao meu antecessor", respondeu Teixeira dos Santos.
O ex-governante justificou a alteração dos membros do Conselho de Administração da CGD com a "situação de alguma instabilidade em torno da liderança e da direcção" que subsistia já há alguns meses antes de ter assumido funções no Governo Sócrates, e que era reflectida nas "notícias e ruídos que desestabilizam as equipas".
Quanto aos créditos que são agora de cobrança duvidosa e que foram atribuídos naquele período, Teixeira dos Santos garantiu que o Ministério das Finanças “nunca deu qualquer orientação, nunca fez qualquer determinação” à Caixa Geral de Depósitos.