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​Passos demarca-se da TSU. "Primeiros-ministros têm de resolver chatices todos os dias”

16 jan, 2017 - 21:58

Líder do PSD reforça que vai votar contra a medida aprovada pela concertação social e pelo conselho de ministros.

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O presidente do PSD disse hoje não sentir necessidade "de justificar mais nada" sobre a posição do partido quanto à descida da Taxa Social Única (TSU), insistindo que "PSD não servirá para que o Governo faça aprovar esta matéria".

Pedro Passos Coelho, que falava à margem de um encontro da distrital do Porto do PSD, acusou ainda o Governo de ser "chantagista" para conseguir o acordo de concertação social.

"Eu já prestei muitas declarações sobre esta matéria do salário mínimo nacional e da TSU e não sinto necessidade de acrescentar mais nada, nem de justificar mais nada", afirmou o líder dos sociais-democratas, para quem "o que é importante que se sublinhe nesta matéria é que o PSD não servirá para que o Governo faça aprovar esta matéria no Parlamento".

Passos Coelho destacou que "o Governo assumiu um compromisso que deve poder cumprir com os parceiros sociais e esse compromisso tem de ser construído dentro da solução maioritária do Governo, não é recorrendo à oposição".

"Os primeiros-ministros têm de resolver chatices todos os dias. Se isto é uma chatice para ele, ele resolvê-la-á dentro do Governo e da maioria", sublinhou.

Sobre as críticas à posição do PSD de votar contra a descida da Taxa Social Única, Passos Coelho respondeu: "Ninguém está imune às críticas, as pessoas são livres de criticar as posições, isso não me incomoda nada".

"Não modifica, evidentemente, a posição que tenho expressado e aquela que é a posição do PSD", acrescentou.

Quanto ao acordo de concertação social, Passos Coelho acusou o Governo de António Costa de fazer "uma simulação de concertação social" e de fazer "uma cena chantagista".

"É um acordo de chantagem com os parceiros", sublinhou o ex-primeiro-ministro.

Questionado sobre o acordo que fez em 2014, enquanto líder do Governo, e que previa a descida da TSU, Passos Coelho destacou que aquela foi "uma medida excepcional" e que representa o "contrário" do que o actual Governo está a fazer.

"Nós tomamos uma medida excepcional que tinha uma contrapartida, que no futuro as actualizações do salário mínimo estariam relacionadas com a produtividade (...). Este Governo fez exactamente o contrário, não podem esperar que a gente apoie o contrário", frisou.

A descida da TSU está prevista no acordo de concertação social que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 557 euros.

Comentários
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  • Filipe
    17 jan, 2017 Amadora 19:19
    Vamos lá ver se nos entendemos ou se se dizem coisas com algum sentido. O PS foi sempre acusado de ser, quando está no governo, despesista, em areas como os subsidios sociais, criação de empregos no Estado, ajustamentos salariais, etc, etc. Nada disto é novo porque toda a gente sabe que até no plano ideológico este tipo de politicas estão em linha com os ideais de esquerda. Dito isto, é absurdo dizer-se agora o contrário. A direita que tanto critica politicas sociais de esquerda, e que aliás se tiver asas novamente, vai "despachar" a segurança social para privados á primeira oportunidade, vem agora armada em "defensora" dos trabalhadores. Patético! Só entendo estes comportamentos de alguém desesperado, que, á falta de argumentos validos, vai atirando com palermices destas. O homem está em modo de luta oela sobrevivência interna. É degradante e triste ver Passos Coelho a "bater-se" contra a baixa da TSU, quando ele próprio se propunha fazer isso (mas com 3 ou 4% baixa da TSU) para patrões e ao mesmo tempo agravar a taxa social dos trabalhadores de 11,5% para 18%. É mesmo de alguém que não tem um pingo de vergonha naquela cara ou julga que somos todos amnésicos. Bem, alguns são de certeza, ou amnésicos ou cegos. Haja pachorra para aturar esta gente!
  • APARAGALHOS
    17 jan, 2017 SÍTIO MANHOSO 18:30
    ... E ISSO DÁ TRABALHO . . . COISA QUE ESTE FACÍNORA NÃO SABE O QUE É ! ! ! QUE OS PORTUGUESES NUNCA MAIS PERCAM A MEMÓRIA ! ! !
  • Este personagem
    17 jan, 2017 lx 17:59
    Inculto e ressabiado, deve deitar-se e levantar-se sempre em bicos de pé! Para grande convencido não lhe falta nada! O que lhe falta é sabedoria e inteligência que superem a xico-espertice e a manhosice!
  • Pinto
    17 jan, 2017 Custoias 17:07
    A contrapartida para o aumento do salário mínimo com a descida da TSU é uma vergonha, demonstra bem que o PS está a seguir as regras antigas, este PS é um partido de falsidades, um partido que sempre enganou e iludiu a classe média e os trabalhadores por conta de outrem . Quem mantém salários congelados, contractos colectivos igualmente congelados desde 1998...( tal como os transportes rodoviários), empresas que não pagam impostos, inflacionam custos para fugirem à tributação, não descontam da totalidade que pagam aos trabalhadores, ( mais de metade das empresas não declara as horas extras, estas são metidas como ajudas de custo ou prémios). O PS está a alinhar com a ideia de manter a precariedade a todo o custo, neste país os salários actuais mal dão para viver dignamente. Outra situação gravosa é a insegurança laboral que faz com que as pessoas não tenham esperança em constituir família, manter uma vida digna e independente. As pessoas parecem anestesiadas, não vivem a realidade ou não dá para entender, alguns partidos com os representantes dos patrões conseguiram iludir a classe trabalhadora especializadas e reajustar essas profissões ao mais alto nível, ( serralheiros, electricistas, carpinteiros, trolhas e outras), ao nível do salário de servente que é o salário mínimo. Esta discussão de baixar o TSU como contra proposta para aumentar um salário de vergonha e que pertence a um país da UE é um escândalo.
  • COSTA ILUSIONISTA
    17 jan, 2017 Lx 12:01
    O embuste do Costa nada resolve.Tudo adia e tudo está contruído num castelo de areia.Tinha uma solução governativa à esquerda que disse funcionar mas só para o que é o bem bom( reversões, salários e pensões) e esses alegados acordos separados entre os geringonços está esgotado. No que é estratégico não se entendem: Novo Banco, TSU, acordo social, questões da dívida e europeias e outras, já não se aliam....Parece que o derrotado Costa se enganou nos seus amigos de ocasião e está refém deles e com as calças na mão... Um país à deriva com este desgoverno e com esta gente com a taxa de juro da dívida pública alta e sem perspectivas de melhoria...Assim se vê a força do PCP e do BE kamarada Costa, o verdadeiro mestre do embuste e da mentira e da propaganda barata.

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