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"Boa notícia" e "excelente". Marcelo e Costa satisfeitos com previsão da UTAO para o défice

03 fev, 2017 - 16:10

Unidade Técnica de Apoio Orçamental aponta para um défice de 2,6% se forem excluídas as medidas extraordinárias.

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O relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre o défice de 2016 é uma “boa notícia” e “excelente”, dizem o Presidente da República e o primeiro-ministro.

À margem da cimeira de líderes europeus, em Malta, o primeiro-ministro, António Costa, disse aos jornalistas que a previsão dos técnicos independentes que apoiam os deputados é “uma coisa excelente”.

“Convém recordar que há cerca de um ano a UTAO previa um défice 3,3%, em Dezembro baixou para 2,8% e agora já vai em 2,6%. Ainda acabará com uma previsão melhor do que a do Governo. Nós reafirmamos que não será superior a 2,3%”, sublinhou António Costa.

Marcelo antecipa manutenção do “rating” pela Fitch

Já o Presidente da República defendeu a necessidade de as instituições europeias reconhecerem que "Portugal está a dar passos" na redução do défice orçamental e na consolidação do sistema financeiro.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava esta sexta-feira aos jornalistas à entrada para um almoço em casa de um casal de antigos sem-abrigo, em Lisboa, apontou as "boas notícias" conhecidas como a confirmação pela UTAO da "evolução favorável do défice" e a manutenção do “rating” pela agência Fitch.

"A UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6%, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chama medidas extraordinárias e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, nos vamos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3% ou um bocadinho abaixo. Isso é boa notícia", defendeu.

Segundo o Presidente da República, "a segunda boa notícia é que a agência Fitch mantém o rating de Portugal, à espera das decisões das instituições europeias", verificando-se que "em três pontos está a haver uma evolução que é positiva", como é o caso do saldo primário, da balança de pagamentos nas relações com o exterior e do crescimento económico.

"É preciso confirmar estes números nos próximos meses e é preciso que as instituições europeias, olhando para isso e para a evolução do sistema financeiro, reconheçam que Portugal está a dar passos", sublinhou.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) aponta para "um défice em torno do limite definido" para 2016, que estimou ser de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) se forem excluídas as medidas extraordinárias.

Na nota sobre a execução orçamental de Dezembro em contabilidade pública, a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, a UTAO apresenta uma primeira aproximação à contabilidade nacional (a óptica que conta para Bruxelas) e antecipa "um défice em torno do limite definido para o objectivo anual".

A meta para o défice de 2016 em contabilidade nacional foi revista em alta pelo Governo no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), correspondendo agora a 2,4% do PIB (incluindo medidas extraordinárias), tendo a UTAO estimado na altura que, "em termos ajustados de operações extraordinárias, o défice a considerar é de 2,6%".

De acordo com os cálculos da UTAO, em contas nacionais, o défice orçamental das administrações públicas passou dos 5.358 milhões de euros no final de 2015 para os 4.829 milhões de euros em 2016.

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  • Carmo Roseiro
    03 fev, 2017 Guarda 21:58
    Boas noticias porquê? Estes dois nâo sei oque parecem, ou melhor sei mas não digo. Apenas digo que há coisas que certas pessoas com responsabilidades no primeiro grau neste País.Deviam ter reservas para num futuro poder actuar. Por isso sinto-me órfão neste País com gente que disse ser independentes e defender o meu País.Sinto vergonha de mim próprio de pensar que ajudei a eleger um travesti.
  • rosinda
    03 fev, 2017 palmela 17:16
    Cada caso e um caso! Aqui estao dois gaiatos! Que nao podem ser deixados sozinhos alguem tem que se encarregar deles!

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