21 fev, 2017 - 22:33 • Ana Carrilho
O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, acredita que este ano o sector voltará a bater todos os recordes de 2016.
À margem da apresentação da BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, Luís Araújo sublinhou que o maior crescimento registado o ano passado ocorreu fora da época alta, o que prova que Portugal tem capacidade para atrair turistas para além da vertente do lazer.
“O dado mais importante para nós é que 63% do crescimento que se verificou em Portugal em 2016 foi fora da época alta. Isto é fruto de iniciativas nas quais os grandes eventos fazem parte. Mostram um país diferente, que não é só sol e praia, é um país que está preparado para receber eventos, reuniões, iniciativas de empresas. Por outro lado, posiciona o país numa perspectiva muito mais abrangente que não aquele do lazer. Acreditamos que vamos ter ainda melhores resultados este ano.”
Os últimos três meses de 2016 foram aqueles em que, segundo dados do Banco de Portugal, se registaram maiores subidas na actividade, sempre superiores a 10%. Os eventos e os congressos – nomeadamente a Websummit – deram um contributo decisivo para estes resultados.
Segundo o Banco de Portugal, o ano passado as receitas turísticas cresceram 10,7% face a 2015 e atingiram os 12.280 milhões de euros. Contribuiu com 17% no peso total das exportações.
Portugal pisca o olho aos alemães
O presidente da Confederação de Turismo também está satisfeito com os resultados alcançados pelo sector em 2016.
Em declarações à Renascença à margem da apresentação da BTL, Francisco Calheiros sublinhou que as previsões se confirmaram e para 2017 as perspectivas são ainda melhores.
“Não tenho uma bola de cristal, mas diria que em 2017 há todas as condições para ultrapassarmos o ano de 2016”, sublinha.
O presidente da Confederação de Turismo explica que os franceses “redescobriram” Portugal e “vieram em força nos últimos dois anos”, os espanhóis, com o efeito proximidade, “ainda são o nosso quarto mercado” e o mercado brasileiro recuperou.
Francisco Calheiros acredita há condições para atrair mais turistas e dá o exemplo da Alemanha, uma “economia que está extremamente pujante”. “Nós temos 1% dos alemães que viajam. Temos uma grande margem de progressão”, frisa.
As perspectivas positivas para o turismo nacional não deverão ser afectadas pela saída do Reino Unido da União Europeia. Já quanto aos efeitos da política de Donald Trump, Francisco Calheiros espera para ver.
As boas perspectivas para o turismo português em 2017 e que poderão ser potenciadas com a BTL - a Feira Internacional de Turismo de Lisboa, que decorre entre 15 e 19 de Março, no Parque das Nações.