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Marcelo. "Fuga" de milhões para paraísos fiscais "merece ser investigada"

22 fev, 2017 - 12:57

PSD, PS, PCP e BE querem ouvir com urgência, no Parlamento, o actual e o anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

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O Presidente da República diz que a transferência de 10 mil milhões de euros para paraísos fiscais sem tratamento da autoridade tributária é “uma situação que merece ser investigada”.

“Naturalmente que esta situação merece ser investigada porque, a confirmar-se, pode ser de alguma maneira preocupante”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente, que falava à margem das comemorações do 192.º aniversário da Faculdade de Medicina do Porto acrescentou, que é “uma lição para o futuro, porque no futuro temos de evitar a ocorrência de situações dessas”.

PSD, PS, PCP e BE querem ouvir com urgência, no Parlamento, o actual e o anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Os partidos procuram explicações de Rocha Andrade e de Paulo Núncio sobre o dinheiro enviado para 'offshores'.

O jornal "Público" noticiou que quase dez mil milhões de euros em transferências realizadas entre 2011 e 2014 para contas sediadas em paraísos fiscais não foram nesse período alvo de qualquer tratamento por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, embora tenham sido comunicadas pelos bancos à administração fiscal, como a lei obriga.

As Bahamas foram o principal destino, seguidas de Hong Kong e do Panamá.

O Ministério das Finanças confirmou que as "omissões" foram detectadas quando, entre finais de 2015 e o início de 2016, foi "retomado o trabalho de análise estatística e divulgação" dos valores das transferências para os centros 'offshore' e os chamados "territórios com tributação privilegiada".

A Declaração de Operações Transfronteiras - conhecida por declaração Modelo 38 - é o documento que, até ao final de Julho de cada ano, os bancos têm de enviar ao fisco a identificar essas transferências (indicando informações como o valor das transferências, o número de identificação fiscal da empresas ou da pessoa que ordenou a operação, ou o código do país para onde o dinheiro foi enviado).

Comentários
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  • fanã
    22 fev, 2017 aveiro 17:04
    Se os casos de actualidade em matéria de Justiça , já levam Anos a ser resolvidos . Estes vão demorar Séculos ! .....isto se forem resolvidos !!!!
  • 22 fev, 2017 lixa 14:16
    Mais uma investigação que não vai encontrar responsáveis,não vai responsabilizar ninguém,enfim.....nunca há culpados e muito menos condenados.Paga ZÉ e não bufes!........
  • Edmundo
    22 fev, 2017 Lisboa 14:00
    Tendo estado e continuando a estar o Pais á beira do precipício , a rentabilidade de capitais ter sido colossalmente reduzida,a impovavel lei felizmente chumbada do património e a ameaça constante de politicas de saque foram decisivas para o não de investimentos e saída volumosa de bilioes de euros.A instabilidade e imprevisibilidade do governo já comparado ao de Vasco Gonçalves em 1975,a primazia de noticias internacionais sobre Portugal chegando ao ponto de perguntarem q pastas estavam distribuídas á esq radical, levaram á hemorragia ainda em aceleração e q dificilmente será contida.Os franco atiradores sobre os fazedores de euros e a bancarrota foram os responsáveis ,agora resta sacar o rebosco ou dar sinais de estabilidade duradora e crescimento para captar esse dinheiro e outros q vejam em Portugal uma oportunidade.
  • Alvaro Silva
    22 fev, 2017 Albufeira 13:47
    E os SMS não? E os empréstimos.na caixa aos amigos não! E nós povo que vamos parar essas imparidades não. temos de saber o que se passou! Agora quanto a isto é para ver como os grandes passam entre pingos de chuva,porque têm o guarda-chuva da vigarice,suborno,etc.Quando se encobre os SMS é também encobrir isto do fisco.A governação tem que ser um livro aberto e por isso haja decoro e se escurtine tudo, mas tudo.

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