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Rocha Andrade disponível para esclarecer transferências para “offshores”

22 fev, 2017 - 14:32

Instado a confirmar o valor de dez mil milhões de euros, o Secretário de Estado declinou fazer comentários.

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O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, manifestou-se disponível para ir ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre fuga de capitais para paraísos fiscais, caso o órgão confirme “essa convocatória”.

“Se o parlamento confirmar essa convocatória lá estarei para esclarecer todas as questões da informação de que disponho, sobre a situação que existia e sobre as decisões que este Governo foi tomando”, afirmou o governante à margem do primeiro balanço Simplex+ 2016, quando questionado pelos jornalistas sobre a “fuga de dez mil milhões de euros” para paraísos fiscais, esta terça-feira.

PSD, PCP e Bloco de Esquerda (BE) pediram a audição parlamentar de Rocha Andrade e do ex-secretário do Estado Paulo Núncio para prestar esclarecimentos sobre as transferências de capitais para “offshore” (paraísos fiscais), enquanto o PS quer ouvir só o actual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Instado a confirmar o valor de dez mil milhões de euros, Rocha Andrade declinou fazer comentários: “Não quero neste momento fazer outras considerações relativamente a essa matéria” que, “além disso, deve ser esclarecida com alguma serenidade e não assim nestas circunstâncias”.

O jornal “Público” noticiou na terça-feira que quase dez mil milhões de euros em transferências realizadas entre 2011 e 2014 para contas sediadas em paraísos fiscais não foram nesse período alvo de qualquer tratamento por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, embora tenham sido comunicadas pelos bancos à administração fiscal, como a lei obriga.

Citado pelo Público, o Ministério das Finanças confirmou que as “omissões” foram detectadas quando, entre finais de 2015 e o início de 2016, foi “retomado o trabalho de análise estatística e divulgação” dos valores das transferências para os centros “offshore” e os chamados “territórios com tributação privilegiada”.

Comentários
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  • Jorge
    22 fev, 2017 Coimbra 17:06
    Num país de taxas, taxinhas e tachões há que colocar longe dos olhares desta gente o nosso dinheirinho!|
  • Romeu
    22 fev, 2017 Agueda 16:52
    Há que investigar, descobrir fraudes, penalizar os infratores e publicar para o povo conhecer os ladrões deste país.
  • tuga
    22 fev, 2017 lisboa 16:22
    Faça um relato do europeu!! ele esteve lá à conta da GALP!! REVIVA este feito glorioso de Portugal!! Já agora se vai por a mão na massa veja também o que se sabe o que se passa com os casos BES , BPN, BANIF, SLN CGD, Monte Branco, Face Oculta, Apito Dourado, Vistos Gold, submarinos, assassinato de Rosalina Ribeiro e já agora Técnoforma, Furacão, Portucale, Apito Dourado, Face Oculta, Remédio Santo, Dívida da Madeira, Pandur, Milénio BCP, Moderna, Porto Cale, Sobreiros, Somague, Fuga de 10 mil milhões, etc. etc.,

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