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Offshore. Para o BE "fica por esclarecer o mais importante"

25 fev, 2017 - 23:30

O antigo secretário de Estado Paulo Núncio assumiu “responsabilidade política” no caso, mas para o Bloco de Esquerda isso não chega e quer saber onde estão os 10 mil milhões de euros.

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O Bloco de Esquerda (BE) considera que o assumir de responsabilidade política de Paulo Núncio sobre as transferências para 'offshore' era a "única opção" do antigo governante, mas fica ainda por esclarecer o "mais importante" sobre o caso.

"Fica por esclarecer o mais importante: como foi que dez mil milhões desapareceram das listas de transferências para 'offshore'. O BE reafirma o seu compromisso para taxar as transferências e punir a fuga, responsabilizar quem a permitiu e definir regras para que a fuga não se repita", diz o partido, em texto endereçado à agência Lusa.

Em causa está o facto de Paulo Núncio, antigo secretário de Estado com a pasta dos Assuntos Fiscais, ter assumido a sua "responsabilidade política" pela não publicação de dados relativos às transferências de dinheiro para 'offshore', pedindo também o abandono das suas funções actuais no CDS.

"Assumir a responsabilização pela não publicação da informação era a única opção de Paulo Núncio, no que devia ser acompanhado pelos ministros das Finanças a que respondia", diz ainda o partido liderado por Catarina Martins, numa alusão a Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, antigos ministros do executivo PSD/CDS.

Na noite de sexta-feira, o antigo director-geral do fisco Azevedo Pereira garantiu ter solicitado ao ex-secretário de Estado Paulo Núncio autorização para publicar dados relativos às transferências de dinheiro para 'offshore', mas "em nenhum dos casos" esta lhe foi concedida.

Em causa estão transferências de dinheiro para paraísos fiscais concretizadas entre 2011 e 2014, durante a governação PSD-CDS, sem qualquer controlo estatístico por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), como a lei obriga, e que levaram já os partidos com assento parlamentar a solicitar uma audição urgente do actual e do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Paulo Núncio, no texto endereçado à Lusa, lembra que a AT "tem, desde 2012, a possibilidade de liquidar todos os impostos devidos nestas situações no prazo alargado de 12 anos (anteriormente este prazo era de quatro anos)", e "nestes termos, quaisquer impostos que sejam devidos nestas situações poderão ser cobrados pela AT até 2024, evitando-se assim o risco de perda da receita do Estado".

Comentários
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  • Oliveira
    26 fev, 2017 Sintra 20:10
    É como os sms´s do Centeno, com a v/conivência. Esquerdalhos cínicos, com carinha de sonsos.
  • Romeu Sentido
    26 fev, 2017 Viseu 19:59
    Vais saber! Olha para o teu pastor que agora vai para o banco de Portugal conviver com o pestinha e ganhar uns milhares.Talvez o proletário prescinda do ordenado milionário e dê parte a uma instituição de solidariedade social Rosnou e.ganhou.Os esquerdistas andam como os outros aos tachos.Mas os outros já sabemos ao que vem, mas estes venhem pela calada da política suja, e zás o tacho conquistado.
  • ac
    26 fev, 2017 lx 11:37
    Fumo desta esquerda mentirosa para os tansos se esquecerem das mentiras do Centeno e da CGD
  • Zé das Coves
    26 fev, 2017 Alverca 10:51
    Como se a fuga de 10 000 Milhões fosse mais importante que os SMS de Centeno com Domingues !!!

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