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​Ministério Público "recolhe elementos" sobre saída de 10 mil milhões para "offshores"

27 fev, 2017 - 19:59

Procuradoria-Geral da República está a analisar o caso que aconteceu entre 2011 e 2014.

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O Ministério Público está a recolher elementos sobre o caso dos 10 mil milhões de euros transferidos para “offshores” sem tratamento do Fisco, confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

"O Ministério Público encontra-se a recolher elementos com vista a apurar se existem ou não procedimentos a desencadear no âmbito das respectivas competências", refere a PGR, sem adiantar mais pormenores.

Na semana passada, o jornal “Público” noticiou que quase dez mil milhões de euros em transferências realizadas entre 2011 e 2014 para contas sediadas em paraísos fiscais não foram alvo de qualquer tratamento por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), embora tenham sido comunicadas pelos bancos à administração fiscal, como a lei obriga.

No seguimento deste caso, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais nesse período de quatro anos, Paulo Núncio, já admitiu a "responsabilidade política" e demitiu-se das suas funções como vogal da comissão política nacional do CDS-PP.

O anterior e o actual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, vão ser ouvidos na quarta-feira na Assembleia da República sobre este tema.

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  • carmom
    01 mar, 2017 Famalicão 16:41
    A procurar,não deve apenas fase-lo aos 10 mil milh., mas sim a todas as transferências.
  • Alberto Martins
    01 mar, 2017 Lisboa 15:21
    André, ainda há um "pormenorzito" a juntar aí... "Portas colocou dinheiro em banco depois de este ficar protegido por lei alemã O Deutsche Bank deixou, no ano de resgate de Portugal, de ser uma entidade de direito português e ficou protegido face ao risco da dívida nacional. As declarações de rendimentos do vice-primeiro-ministro mostram que, depois de Agosto de 2011, colocou 80 mil euros na instituição, tirando dinheiro de um banco espanhol. Governo português (pssos/portas/GASPAR) sempre garantiu confiança na banca nacional." Sinceramente espero que o Ministério publico não se fique pelo "recolhe elementos" sobre saída de 10 mil milhões para "offshores". Quando o governante que tutela e é o responsável pela a área do combate á fraude e evasão fiscal, é o primeiro a sonegar informação aos seus próprios serviços de inspecção tributária o MP não se pode ficar apenas por "recolhe elementos" sobre saída de 10 mil milhões para "offshores"...
  • lv
    28 fev, 2017 lx 11:41
    Onde vai recolher os elementos,? Na máquina trituradora onde foi parar o processo dos Submarinos?!
  • Luis
    28 fev, 2017 Lisboa 09:44
    Muitas investigações faz o MP. Presos, népia.
  • Antonio
    28 fev, 2017 Vale de Cambra 08:44
    Não percam tempo, foi o SÓCRATES.
  • André
    27 fev, 2017 Lisboa 20:30
    Interessa é descobrir quem é que apagou das declarações dos bancos e porque é que o fez. Se apagou declarações que o estado recebeu, que mais essa pessoa/pessoas, podem ter feito na máquina fiscal. Curiosamente (ou não) a maioria das declarações serão referentes a 2014 e emitidas por um banco alemão a operar em Portugal... banco esse que foi para onde foram transferidos mais de 4000 milhões provenientes do BES, na semana antes do colapso. Estarão estas 2 operações ligadas? É que o mesmo banco também é conhecido por ter operações gigantescas que usam offshores para fazer desaparecer dinheiro dos sistemas financeiros dos países onde opera.

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