09 mar, 2017 - 21:19
Este ano vai ser ainda melhor que 2016 e os anos anteriores para o turismo nacional, afirma o presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, em entrevista à Renascença.
“Em relação a 2017, os nossos dados é que, de facto, vai outra vez ser um belíssimo ano para o turismo, melhor que 2016”, prevê Francisco Calheiros.
Mesmo com o Brexit, os ingleses estão a procurar mais Portugal para passar férias. As reservas para o Verão apontam um crescimento “à volta dos 12% a 13%”, refere.
Além do mercado inglês, o presidente do CTP defende que os mercados brasileiro, espanhol e francês estão também a apostar mais no destino Portugal, mas defende que também é preciso apostar mais no mercado alemão.
“De todos os alemães que viajam só 1% é que nos visitam e, portanto, temos uma grande capacidade de progressão”, diz o presidente da CTP.
Os mercados americano e chinês também estão em crescimento. As novas rotas da TAP para os Estados Unidos e os novos voos directos para a China potencializam o aumento do turismo em Portugal.
“[Portugal é] Uma porta de entrada dos americanos para a Europa, neste momento estamos a falar do triplo dos voos que a TAP fazia no passado. A partir de Junho vamos ter voos directos da China, todos sabemos que os voos directos potencializam muito a vinda dos turistas”, acrescentou Francisco Calheiros.
Mas, este crescimento notório do turismo não se tem traduzido no melhoramento das condições dos trabalhadores do sector do turismo. Segundo Francisco Calheiros, o problema da sazonalidade é algo com que “temos de nos habituar a viver”.
Já em relação aos salários defende que, embora em vários locais seja pago o ordenado mínimo, há sempre subsídios que contribuem para o crescimento do rendimento ao fim do mês.
“Há de haver salários mínimos como nas outras actividades, a actividade do turismo em 90% dos casos é 24h00 por dia 7 dias por semana e, em cerca de 80% das pessoas que recebem o salário mínimo recebem sempre o extra, quer seja subsídios nocturnos quer seja os subsídios de fim-de-semana, etc.”, conclui o presidente da Confederação do Turismo Português.