Portugueses têm mais dinheiro. A poupança é maior, mas o recurso ao crédito também

15 mar, 2017 - 06:50 • Sandra Afonso

A capacidade das famílias suportarem despesas extra é também maior este ano. Apenas 47% dos inquiridos dizem não ter margem para surpresas no orçamento.

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Os portugueses têm mais dinheiro e estão a poupar mais, mas não está a render, pois deixam ficar na conta à ordem ou aproveitam a folga para se endividarem. Os dados são avançados esta quarta-feira, Dia Mundial do Consumidor, pelo último estudo anual sobre Literacia Financeira em Portugal em 2017, do Observador Cetelem.

Este inquérito mostra que quase metade dos inquiridos, 49%, põe de lado parte do que ganha, quando no ano passado o valor ficava pelos 36%.

O documento revela que, se em 2016 a maioria transferia o dinheiro para a conta a prazo, agora com a descida dos juros, acaba por ficar à ordem. As contas a prazo passaram para segunda opção, os tradicionais mealheiros ganharam adeptos e apenas em quarto lugar, com 4% das respostas, surgem os restantes produtos bancários e investimentos.

Um incentivo para poupar, apesar dos juros baixos, é a descida das despesas fixas mensais. Este ano estas despesas representam mais de metade do orçamento mensal para 24% das famílias, quando, em 2016, eram 35%.

A capacidade das famílias suportarem despesas extra é também maior este ano. Apenas 47% dos inquiridos dizem não ter margem para surpresas no orçamento, contra 60% que diziam o mesmo em 2016.

A má notícia é que com a folga orçamental este ano estão também a aumentar os empréstimos. No ano passado 34% tinham créditos ou cartão de crédito. Em 2017 já são 44%, sendo que a maior parte destina-se à compra de casa, carro ou pagamento de férias.

Apesar da sustentabilidade do sistema nacional de pensões ser um tema que está em permanente discussão no país, apenas um quinto dos portugueses está a preparar a reforma. A maioria tem o dinheiro em contas a prazo, são residuais outras aplicações, como PPRs, certificados do tesouro ou o tradicional mealheiro.

Para este estudo foram realizadas 500 entrevistas, entre 13 e 18 de Fevereiro. O erro máximo é de 4.4, para um intervalo de confiança de 95%.

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Comentários

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duvidoso
15 mar, 2017 Santarém 23:22
Onde andam os portugueses a buscar dinheiro? Será que o FMI e o BCE também já fazem empréstimos a particulares? Se assim é vou aproveitar e fazer também umas comprazinhas extras e depois se verá!
José
15 mar, 2017 braga 21:00
Os funcionários publicos estão muito bem. Tem o dinheiro sempre garantido ao final do mês, agora irão trabalhar 35h por semana. Não têm que fazer horas extras. E anda o resto da população portuguesa a os sustentar. Os funcionários públicos existem para servir os portugueses, eu se quero ir às finanças tenho que parar de trabalhar e ir porque eles fecham cedo, e compensar noutro dia.
justiceiro da treta
15 mar, 2017 DoRqtparta 15:35
Se os funcionários públicos se dependessem do justiceiro, como este que cumenta aqui, muitas já estava a dormir debaixo da ponte, isto fazia-o muito feliz. Costuma-se dizer e é verdade, todos têm o direito a serem burros, mas muitos abusam deste privilégio! Olha, mais um comentário para não publicarem. Não é RR Viva A RR e a liberdade de expressão!
ohjustoidiota!
15 mar, 2017 o mundo dos tolos 15:24
Oh justo idiota, os funcionários públicos têm os salários congelados e vivem também na precariedade. Noj-to! Tu és um irracional!
PARVALHÃO!
15 mar, 2017 zurraburro! 15:09
Oh justo todas as vezes que se fala em trabalhadores lá vens tu contra os funcionários públicos. Tu és um grande monte de mel! quer dizer (de m-rd-..)por isso é que este mundo é justo, é porque está cheio de justos como tu.
Justo
15 mar, 2017 Leiria 11:04
Mais uma vez uma sondagem e noticia errada! Os inquiridos devem ser todos Funcionários públicos, portanto errado.
Ora pois!
15 mar, 2017 dequalquerlado 10:56
Sou mais um a concordar com todos os que comentam aqui. Tenham vergonha, jornalismo da (....) Eu sou testemunha em que muita gente nem dinheiro tem para pagar a água, são montanhas deles a ligar para que não se corte, porque falta o dinheiro, e não é porque estão a gastar nos cafés é porque o que se ganha neste país mal dá para comer. Os salários ainda estão congelados, o trabalho, só se for para se despejar às carradas pelo fundo de desemprego, trabalho que os privados não têm para dar, nas Câmaras e outras entidades do estado, pelo salário mínimo e por tempo limitado. Isto está igual ou pior. Tenham vergonha e não gozem com o povinho, pensando que toda a gente é parva.
15 mar, 2017 10:46
Tudo boa propaganda encomendada e paga aos pasquins para comprar simpatias (votos)....abre o olho....
Vitor
15 mar, 2017 Viana do Castelo 10:46
É um facto os portugueses no geral vivem um pouco melhor! Claro há dos contra que por aqui sempre aparecem a dizer que não é verdade, que não acreditam, que os responsáveis pelos estudos são estúpidos e enganam tida a gente. Estas pessoas provavelmente, não viram o seu salário ou pensão amputados , nem o seus impostos agravados. São os privilegiados desta República.
José
15 mar, 2017 Lisboa 10:43
Mas aonde vão buscar estes dados? Afinal falam tanto sobre falsas notícias e em penalizar pessoas que as divulguem e aqui faz pior! Ilude-se uma nação inteira! Além disso fazem publicidade à Cetelem! O que vejo, por todo lado, é gente aflita, mesmo os que andam muito contentes com a geringonça, vendo muitos a pedir dinheiro emprestado aos pais e recorrendo, cada vez mais, ao crédito! E ainda me querem convencer que estamos melhor, se actualmente ganho menos na mesmo função e empresa do que há 15 anis atrás! Na pratica ganho o mesmo, mas desde há uns 11 anos recebo muito menos! Afinal quem está assim tão bem? Os reformados? Não. Tiveram uma esmola de cêntimos e aumentos de euros, os trabalhadores? A maioria nem um arroto receberam quanto mais um aumento de ordenado. Restam os funcionários públicos, mas até mesmo com estes tenho dúvidas, ficaram satisfeitas algumas clientelas, estrategicamente posicionadas e pouco mais! Não acredito, não confirmo nada disto, é apenas propaganda.