Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Portugal perde "dezenas de milhões de euros" por falta de capacidade do aeroporto de Lisboa

24 mai, 2017 - 02:08 • Ana Carrilho

Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) defende urgência na solução Montijo.

A+ / A-

Portugal está a perder "dezenas de milhões de euros" porque todos os dias são recusados voos por falta de capacidade do aeroporto de Lisboa, alerta o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

Pedro Costa Ferreira não quis comentar a proposta do presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, Raúl Martins, para a criação de um “hub” no Porto para voos intercontinentais, aliviando a Portela. Mas, em declarações à Renascença, frisa que a Portela já entrou em ruptura e é urgente que o Governo avance com a solução do Montijo.

“Todos nós temos consciência de que depois de a decisão estar tomada nos esperam três a cinco penosos anos até as coisas serem operacionalizadas”, adverte Pedro Costa Ferreira.

À margem da cerimónia de apresentação do Congresso da APAVT, que este ano decorre em Macau, Costa Ferreira desvalorizou a ameaça da Ryanair de não ir para o Montijo.

Para o presidente da APAVT, o que é urgente é que haja uma decisão e no Montijo podem até não ficar só as companhias “low cost”.

O Congresso da APAVT deste ano vai decorrer em Macau, integrado na promoção de Portugal na China, o maior emissor de turistas do mundo e ainda por cima, dos que mais gastam, em média.

O ano passado Portugal recebeu 180 mil chineses e este ano, segundo a secretária de Estado do Turismo, já se registou um amento de 20% nos primeiros quatro meses do ano, em relação ao mesmo período de 2016. Números que deverão crescer significativamente, já que a partir de Julho vão começar as ligações directas entre Lisboa e Pequim com três voos semanais.

Pedro Costa Ferreira considera que vai haver uma história antes e uma história depois das ligações aéreas.

“Macau é uma fantástica porta de entrada dos portugueses no Oriente e uma fantástica porta de saída dos chineses para Europa e para Portugal”, sublinha.

Para o presidente da APAVT, as perspectivas são boas. O objectivo é atrair mais turistas do Oriente, mas também que eles fiquem mais tempo em Portugal e gerem maior receita turística.

O Governo também tem apostado forte no mercado chinês e em Novembro, durante o congresso, os operadores vão aproveitar dar a conhecer as suas ofertas fazer bons negócios.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • hp
    24 mai, 2017 Portugal 13:48
    O Governo anda a patrocinar esta Politica, retira-se voos do Porto e passa-se para Lisboa, enche-se o aeroporto com LowCost (porque não estão noutro aeroporto/base a operar? vejam o que disse o CEO da Raynair) Isto é tudo lengalenga para se avançar com a construção de um novo aeroporto em Lisboa, sai a troika começamos logo a trabalhar para eles voltarem. Portugal não é só Lisboa e Lisboa não é Portugal, Beja também tem um aeroporto porque ia dinamizar, etc, a mesma lengalenga e está ás moscas, o País de momento não tem capacidade de voltar a cometer os mesmos erros apostar no betão, tem de se apostar é em fazer riqueza, apostar na qualidade do Azeite, do Vinho, das Texteis, dos Serviços, do Turismo de qualidade, isto é que lava um País para a frente. PORTUGAL NÃO COMEÇA NEM ACABA EM LISBOA.
  • José Ferreira
    24 mai, 2017 11:43
    E porque não comentou a possibilidade de uma "hub" no Porto para voos intercontinentais?!?!? Não convém nada, pois não Sr. Pedro Costa?!? A teta em Lisboa tem que "botar" sempre mais , não é assim?? Palhaços!!
  • Francisco António
    24 mai, 2017 Lisboa 09:49
    Nunca mais aprendemos ! Ainda faltam 500 reuniões e 900 estudos para decidir se o aeroporto avança ou se voltam ao mega-projecto do Sócrates . O mesmo9o se passa com o porto de Sines ! Vão ver o London Southend aeroporto e o que está a acontecer com um porto em Marrocos ...
  • Manuel Fernandes
    24 mai, 2017 Barreiro 09:45
    Um Aeroporto no Montijo é de facto necessário e urgente. Mas não aquela "catástrofe" que pensam fazer com a conversão da BA6 em Aeroporto complementar da Portela. Uma verdadeira tragédia se tão insana medida for para a frente para satisfação dos lóbis e miséria dos povos que habitam na Margem Sul, principalmente nos concelhos do Barreiro e da Moita. Que verão partes significativas dos seus concelhos serem transformados numa zona de ruído atroz por se localizarem sob o corredor aéreo de aproximação ou levantamento da pista N-S daquela Base. E num barril de pólvora que passa a constituir o complexo petroquímico do Barreiro, de que a Fisipe, a NAP e a LCB-Tanquipor fazem parte. Onde se armazenam milhares de litros de combustíveis e outros produtos inflamáveis distribuídos por uma potente Rede de Condutas, Gasodutos e Oleodutos a céu aberto. Localizados em plena área de servidão do Aeroporto. Que constituirão uma BOMBA pronta a detonar se alguma aeronave ali se despenhar devido a avaria ou por ter ingerido alguma ave de grande porte habitante dos sapais e ZPE que querem liquidar. Por favor livrem-nos deste pesadelo.
  • Manuel Fernandes
    24 mai, 2017 Barreiro 09:17
    Um Aeroporto no Montijo é de facto necessário e urgente. Mas não aquela "catástrofe" que pensam fazer com a conversão da BA6 em Aeroporto complementar da Portela. Uma verdadeira tragédia se tão insana medida for para a frente para satisfação dos lóbis e miséria dos povos que habitam na Margem Sul, principalmente nos concelhos do Barreiro e da Moita. Que verão partes significativas dos seus concelhos serem transformados numa zona de ruído atroz por se localizarem sob o corredor aéreo de aproximação ou levantamento da pista N-S daquela Base. E num barril de pólvora que passa a constituir o complexo petroquímico do Barreiro, de que a Fisipe, a NAP e a LCB-Tanquipor fazem parte. Onde se armazenam milhares de litros de combustíveis e outros produtos inflamáveis distribuídos por uma potente Rede de Condutas, Gasodutos e Oleodutos a céu aberto. Localizados em plena área de servidão do Aeroporto. Que constituirão uma BOMBA pronta a detonar se alguma aeronave ali se despenhar devido a avaria ou por ter ingerido alguma ave de grande porte habitante dos sapais e ZPE que querem liquidar. Por favor livrem-nos deste pesadelo.
  • João
    24 mai, 2017 Lisboa 09:09
    Entretanto o aeroporto de Beja, às moscas! É uma vergonha a gestão dos recursos neste país.
  • desatina carreira
    24 mai, 2017 queluz 08:19
    mais uma vez o Sócrates tinha razão

Destaques V+