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S. Maria da Feira. Multinacionais de calçado e relojoaria geram mais de 200 empregos

31 jul, 2017 - 11:38

"Como queremos captar investigadores e cérebros para essa zona, também estamos a criar melhores condições para que essas pessoas possam ter os filhos a estudar no local", avança autarca.

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O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, revelou que se prevê a criação de mais 200 postos de trabalho em novas multinacionais de calçado e relojoaria que preparam a sua instalação no concelho.

Uma dessas novas unidades pertence à Magnanni, a empresa com sede em Espanha que fabrica calçado masculino de gama alta e se propõe criar agora no Parque Empresarial de Recuperação de Materiais, em Pigeiros, uma nova fábrica de 10.000 metros quadrados.

O edifício deverá entrar em laboração no período "entre 2018 e 2019" e, segundo Emídio Sousa, a marca propõe-se criar 100 novos postos de trabalho no arranque da sua actividade, embora "com a possibilidade de contratar mais pessoas no futuro".

Já a multinacional suíça Multicuirs, que fabrica alta relojoaria para marcas como a Cartier, deverá ter a sua unidade da Feira a funcionar em 2018 e de início criará 20 empregos, com a possibilidade de "contratar mais 80 pessoas numa etapa posterior" da produção.

A primeira leva de funcionários irá receber formação na Suíça antes de entrar ao serviço na fábrica, que ocupará 12.000 metros quadrados no parque empresarial a Norte do centro de congressos Europarque.

Atrair novas tecnologias e cérebros

Emídio Sousa realçou que essa área industrial está a ficar especializada nas novas tecnologias, enquanto a zona situada junto à entrada do Europarque se vem consolidando como "um cluster de Saúde", porque, além da clínica de oncologia Lenitudes, também se prepara para acolher a empresa de bioengenharia BoneEasy, que já desenvolve em Ovar enxertos ósseos sob medida e implantes dentários personalizados.

O projecto de construção da nova unidade está em fase de aprovação pela Câmara e envolve 5.000 metros quadrados de terreno.

"Como queremos captar investigadores e cérebros para essa zona, também estamos a criar melhores condições para que essas pessoas possam ter os filhos a estudar no local", afirmou Emídio Sousa. "É por isso que, dentro desse perímetro, está a ser criado um novo colégio privado com uma oferta educativa de grande rigor e exigência", revelou.

Para o autarca, são investimentos como estes que vêm contribuindo para a diminuição do desemprego no concelho, onde em 2013 havia mais de 10.600 pessoas sem actividade laboral, o que representava 15,1% da população, e actualmente há 5.500, o que constitui uma taxa de 7,5%.

"Esta evolução é absolutamente notável, até porque sempre quisemos baixar o desemprego para uma taxa abaixo dos dois dígitos, mas nunca pensei atingir estes números", admite o presidente da Câmara.

"Isto reforça a nossa convicção de que os investimentos que trouxemos para a Feira e que entram em fase de construção nos próximos meses vão conduzir, dentro de um a dois anos, a uma situação de pleno emprego no concelho", concluiu o autarca.

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