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Marcelo espera défice de 1,5% para este ano

22 set, 2017 - 15:25

"Houve quem dissesse que o Presidente é um optimista, é um sonhador, imagina realidades impossíveis. Pois, é possível", sublinhou o Presidente da República, em reacção aos do INE desta sexta-feira.

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O Presidente da República disse que Portugal vai poder cumprir o défice de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) estabelecido como meta pelo Governo para 2017, congratulando-se com as “boas notícias” para a economia divulgadas esta sexta-feira.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o défice orçamental foi de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre deste ano, uma diminuição face aos 3,1% registados no período homólogo.

"Isso quer dizer que vamos poder cumprir, no mínimo, 1,5 % do défice este ano, em termos do exercício orçamental", afirmou o chefe de Estado, durante a cerimónia de inauguração de uma nova área produtiva da fábrica da Bosch Security Systems, em Ovar.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se ainda à revisão em alta do crescimento no segundo trimestre de 2017 para os 3%, lembrando que ele próprio já tinha avançado a meta de 3,2%.

"Quando eu, na Croácia, tinha dito que se devia apontar para 3,2%, houve quem dissesse que o Presidente é um optimista, é um sonhador, imagina realidades impossíveis. Pois, é possível", sublinhou.

"Bosch é bom"

O Presidente da República associou ainda estes dados aos resultados obtidos pela Bosch em Portugal, referindo que as três unidades de produção da multinacional alemã, em Ovar, Aveiro e Braga, "contribuem com quase 1% do PIB português".

Em Ovar, o chefe de Estado colocou de lado o discurso que trazia escrito e deixou "falar o coração", recordando um anúncio que o marcou para toda a vida que dizia "Bosch é bom".

"Não é bom, é muito bom. E continua a ser muito bom. Mas, então Bosch pela mão dos portugueses é excepcional. É ainda melhor", acrescentou.

Marcelo disse ainda que este é um dia "muito feliz" porque visitou "um exemplo do que há de melhor em Portugal, na Europa e no Mundo", adiantando que a fábrica da Bosch em Ovar está "na crista da onda".

"Eu que fiz muitas ondas do mar sei que estar na crista da onda é difícil, manter-se na crista da onda é muito difícil, mas é realmente fascinante. E aqui está-se na crista da onda, no topo da excelência", afirmou.

A nova área produtiva da Bosch, com quatro mil metros quadrados efectivos e mais três mil metros quadrados pré-preparados para o crescimento nos próximos anos, representa um investimento de 2,9 milhões de euros.

Segundo os responsáveis pela empresa, esta obra vai permitir um aumento de 10% no volume de vendas em 2017 e cerca de 45% no próximo ano.

Para responder aos novos projectos, a empresa contratou mais 140 trabalhadores, devendo contratar mais 100 até Março de 2018.

A Bosch de Ovar produz equipamentos de videovigilância, sistemas de comunicações, soluções para detecção de incêndio e novos equipamentos electrónicos para as divisões de Termotecnologia e Electrodomésticos da empresa em todo o mundo.

Comentários
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  • Cidadao...
    23 set, 2017 Viseu 09:44
    Marcelo quer ser Ministro das Financas. Ja agora, pode substitui-lo nas entrevistas.
  • FIlipe
    22 set, 2017 évora 19:52
    Os valores que determinam hoje uma evolução de economia de 3% em Portugal e tem feito festa com fogo de artificio por todo os cantos , simplesmente foi devido ao valor retribuído nos vencimentos e reformas que tinham sido cortados por anteriores governos e que rondavam na totalidade os 3% de média . Ora , as pessoas com mais poder de compra hoje ( um poder falso * ) , gastam mais em compras dando a noção que Portugal evolui . Errado , pois estes valores eram caso não houvesse corte antes para já terem aparecido . * É falso porque apenas deram o que tinham cortado , no entanto existiu de forma encapotada aumento de impostos nos combustíveis ... etc . Eles dão com um dedo e tiram com uma mão , bom era que dessem os valores retirados para com retroativos ano após ano de juros !

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