04 out, 2017 - 13:03 • Henrique Cunha
O presidente da Associação Nacional de Proprietários, Frias Marques, não acredita que o conjunto de estímulos fiscais - a "Nova Geração de Políticas de Habitação"- que o Conselho de Ministros vai aprovar esta quarta-feira permita dinamizar verdadeira mente o mercado do arrendamento.
O presidente da Associação Lisbonense de Proprietários mostra-se também crítico da "Nova Geração de Políticas de Habitação". Luís Meneses Leitão diz que se trata de "medidas muito insuficientes, que não vão ter efeito nenhum".
"Nós apresentamos, recentemente, ao Governo e aos grupos parlamentares um caderno reivindicativo que previa medidas muito mais ambiciosas, designadamente, a abolição do adicional ao IMI e a redução sucessiva do arrendamento, à medida que os contractos fossem sendo prorrogados", sublinha o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários.
"Pedir aos proprietários que cortem 20 por cento das rendas e que continuem a pagar os impostos, porque, embora tenham isenções de IRS, continua o adicional ao IMI nos imóveis de rendimentos, parece-me que acaba por ser muito pouco”, remata Meneses Leitão.
"Finalmente, deu-se ouvidos aos agentes do mercado"
Diferente é a perspectiva da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), cujo presidente, Luís Lima, diz que se trata de "boas notícias" e mostra-se satisfeito porque "o Governo deu, finalmente, ouvidos aos agentes do mercado".
“Como homem do mercado que sou, tenho a certeza que o 'pacote' vai ter impacto. As medidas vão ao encontro das reais necessidades dos jovens e das famílias portuguesas", defende Luís Lima.
Para o presidente da APEMIP, "esta diferenciação pela positiva para quem coloca os seus activos no mercado habitacional com rendas acessíveis e adequadas aos rendimentos das populações será, decerto, um enorme incentivo à dinamização do mercado de arrendamento em Portugal”.