Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Agricultores pedem medidas para fazer face ao período de "seca fora do vulgar"

06 out, 2017 - 20:12

Sem "reforço de verbas", a agricultura vai sofrer, diz a Confederação dos Agricultores de Portugal.

A+ / A-

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) solicitou esta sexta-feira que no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) estejam consagradas medidas para fazer face ao período de “seca fora do vulgar”.

“A CAP manifestou ao senhor Presidente [da República] uma enorme apreensão face à incapacidade financeira que o Governo tem demonstrado no sentido de reforçar a componente nacional no âmbito das ajudas comunitárias directamente relacionadas com o investimento na agricultura”, disse Eduardo Oliveira e Sousa, que falava aos jornalistas no Palácio de Belém depois de ter sido recebido pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Após uma audiência sobre o OE2018, o presidente da CAP assinalou que “o país atravessa uma seca que está a atingir uma dimensão fora do vulgar”, pelo que “é fundamental que o Governo olhe também para as consequências dessa seca e sejam criadas medidas que permitam enfrentá-la”, dotando o sector agrícola de “instrumentos financeiros que possam levar o sector a cumprir a sua missão”.

“A agricultura tem tido um desempenho positivo nos últimos anos, [mas] se não houver um reforço das verbas que complementam as ajudas que vêm da União Europeia o sector sofrerá com essa diminuição”, alertou.

Eduardo Oliveira e Sousa precisou que a comparticipação nacional no apoio aos agricultores é de 16%, mas vincou que “era bom que fosse 20% ou 25% no horizonte de alguns anos”.

O responsável indicou que as consequências da seca são diversas, e relacionam-se com ocorrências como os fogos florestais, mas também com a redução da capacidade produtiva, com implicações na criação do gado, com a diminuição de água no regadio e ainda com a antecipação das colheitas.

“Temos de criar quase um ministério contra a seca para sabermos como vamos lidar com esta ausência de queda pluviométrica, com calor de 30 e tal graus em Outubro, com oito meses sem chuva… É tudo novo”, elencou.

De acordo com Eduardo Oliveira e Sousa, em cima da mesa esteve ainda a questão dos fogos florestais do passado Verão, área na qual a CAP pediu “infra-estruturas que o país necessita por forma a reforçar a capacidade de investir em alternativas”, como a criação de mais reservas ou a aposta da economia no mundo rural.

Marcelo Rebelo de Sousa começou esta sexta-feira a receber os parceiros económicos e sociais sobre o Orçamento do Estado para 2018, depois de ter ouvido os sete partidos com assento parlamentar.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • O quê....
    07 out, 2017 Porto 02:36
    (dotando o sector agrícola de “instrumentos financeiros que possam levar o sector a cumprir a sua missão”.) Bem muitas empresas já fecharam, ainda existe muitos desempregados. Não será bom dotar esses sectores que já fecharam de instrumentos financeiros para se expandirem e aqueles que já faliram terem apoios financeiros. E que tal os desempregados darem a todos empregos de patrões e receberem bons ordenados. E que tal todos os reformados receberem um mínimo mensal de 100 mil euros. Isto é cada um. Agora querem tudo e mais alguma coisa. No tempo do governo do aperta o cinto não andavam com essas tretas. Agora querem pôr o país de novo de rastos, e depois acusam os governos de não saberem gerir as contas. em eu no lugar do governo dizia-lhes logo. Quanto mais exigências menos recebem. Este governo deve de manter controle em tudo, pois se começar a esbanjar ao aceder às reivindicações de todos quando tal vão ter que ir novamente ao FMI. Que não se ponham finos. Função publica têm muitas exigências, até demais. Senão vejamos. Alguns setores comparados com o tempo de horas de trabalho vejam quantas horas a menos trabalham e ainda dizem que é muito. Regalias, muitas foram cortadas. Senão era um ver se te avias. Pois e o setor privado quais eram e são as regalias. Devem ter um pouco mais de cuidado. Não se pode exigir mais do que o estado pode oferecer. Agora qualquer coisa para pressionar o governo é greves. Acham que isso funciona. Mais contenção será bom para todos os lados.
  • Fausto
    07 out, 2017 Lisboa 01:47
    Uns tambores para os agricultores...
  • Alberto
    07 out, 2017 Funchal 00:00
    Para regar, preferem notas ou moedas?
  • Haja calma
    06 out, 2017 Lisbia 21:25
    Temos que criar um ministério para a seca. Bem tudo na vida comporta riscos. Como os agricultores sabem disso. Mas claro não vão entrar também naquela. Sr não houver verbas vai haver diminuição. Claro que quando há fartura de certas coisas. Já se viu na TV a deitarem fora. Nessas alturas de (fartura) deveriam pensar também em quem recebe menos do salário mínimo e distribuir por quem necessita. Se um trabalho comporta riscos devem estar conscientes disso. Senão vejamos. Todos os trabalhos comportam riscos. Então por essa lógica de ideias o estado deveria pensar nisso. Muitas empresas vão à falência. São riscos que correram. Então porque não se dirigiram ao estado. Por mais chato que seja tudo na vida comporta riscos e não se deve estar à espera disto e daquilo. Claro que uma ajuda é sempre bem vinda. Mas não se deve estar sempre à espera. Agora temos enfermeiros a exigir isto é aquilo. Bem vamos todos exigir e pronto. Agora são os funcionários públicos. Bem e os outros. Então vamos todos exigir. Será correto.

Destaques V+