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OE 2018. CDS critica “ataque grave e encoberto” a trabalhadores independentes

14 out, 2017 - 12:32

Assunção Cristas defende que "numa conjuntura favorável, todos devem sentir o desagravamento fiscal", algo que, diz, não está a acontecer.

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A presidente do CDS, Assunção Cristas, diz que a proposta de Orçamento do Estado para 2018, representa um "ataque muito grave" e "encoberto" aos trabalhadores independentes.

"Se, no passado, a bancarrota socialista obrigou a um aumento de impostos doloroso para todos, numa conjuntura favorável, entendemos que todos devem sentir o desagravamento fiscal. Não é isso que acontece", sustentou Cristas, este sábado, falando aos jornalistas em conferência de imprensa na sede do partido.

Em causa, prosseguiu a dirigente centrista, está o "esvaziamento total do regime simplificado": Quem trabalha por conta própria e cria o seu posto de trabalho fica "muito penalizado" com o orçamento do próximo ano, insistiu Cristas, para quem o texto - apresentado na sexta-feira a "horas tardias" - incorpora uma "omissão grave de uma visão de médio e longo prazo".

No IRS, a visão do CDS é também "alternativa à expressa pelo Governo neste Orçamento".

"Defendemos um IRS simples, que estimule a mobilidade social e seja sensível à dimensão do agregado familiar. Mais escalões [de IRS] significa que o esforço por ganhar um pouco mais facilmente fica comprometido com a mudança de escalão. Em vez de estimularmos o trabalho e a progressão na vida, estamos a desincentivá-los. Este Orçamento torna mais difícil subir na vida", declarou a presidente do partido.

O CDS-PP vai apresentar várias propostas de alteração do documento na especialidade, sublinhou a líder do partido, que reconheceu "esperança" de que "as propostas boas possam vir a ser acolhidas, independentemente de quem as apresenta" no parlamento.

Em tempos de "ventos favoráveis", nomeadamente a nível internacional, o CDS advoga que "deve aproveitar-se para promover o desenvolvimento económico sólido e duradouro, com uma visão estrutural de médio e longo prazo", o que, disse Cristas, não acontece.

"Na nossa visão, esse desenvolvimento decorre não exclusivamente, mas essencialmente do investimento privado e do esforço das empresas, nomeadamente das empresas exportadoras. Este OE não revela qualquer visão estrutural nesse sentido", disse.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2018 entregue na sexta-feira à noite pelo Governo no parlamento, o executivo prevê um défice orçamental de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e um crescimento económico de 2,2% no próximo ano.

O Governo melhorou também as estimativas para este ano, prevendo um crescimento económico de 2,6% e um défice orçamental de 1,4%. Quanto à taxa de desemprego, deve descer de 9,2% este ano para 8,6% no próximo.

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  • ao ComunasPraSibéria
    14 out, 2017 lx 21:07
    Quando tiveres de ir ao hospital e disseres mal da administração publica talvez uma injeção de água oxigenada não te faça mal!...aumenta-te a disfunção cerebral!
  • ComunasPraSibéria
    14 out, 2017 Lisboa 16:46
    Aldraboes! Aumentaram impostos indiretos e criaram mais impostos indiretos. So para aumentar a Disfunçao publica e manter a comunada calidinha ate as eleiçoes legislativas.
  • Desaparece tu tb
    14 out, 2017 Lisboa 15:36
    O CDS, parceiro no crime, a muleta por trás dos crimes do PSD durante os 4,5 anos do governo de Agressão Nacional, o tal que virou todos contra todos, para quem o empobrecimento era um desígnio e a razão de ser duma política, aqueles para quem a ideia de reformas foram cortes sobre cortes, encerramentos, despedimentos livres, o CDS que procurou sempre passar entre os pingos da chuva - que chegou a dizer que "... se não fosse ele (CDS), o PSD faria muito pior!!!! - mas que assinou sempre por baixo e subscreveu essa politica - sem o apoio CDS o governo de Agressão Nacional não durava uma semana - vir agora criticar Orçamentos que até pasme-se nem precisam de ser rectificados após chumbos do Tribunal Constitucional, só pode ser para rir. Bastou um resultado mais positivo em Lisboa - também pudera, contra um fundamentalista anti-automovel que transformou a tarefa diaria de atravessar a cidade, num inferno, e uma "triste" arrebanhada à pressa, -. e já não lhe cabe um feijão no dito cujo.
  • A demagoga
    14 out, 2017 Pt 15:08
    "Centeno garante que não há aumento de impostos para recibos verdes O ministro das Finanças garante que estaria tranquilo se fosse trabalhador independente. Em entrevista à Antena1, afirma que os recibos verdes vão pagar menos impostos, não mais." Acredito mais neste ministro das finanças do que numa hipócrita demagoga! Quem andou durante 4 anos a falar em linhas vermelhas e as mandava, irrevogavelmente, às urtigas deverá ter algum credito?

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