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Um em cada cinco portugueses de baixa estava em condições de trabalhar

25 out, 2017 - 20:56

Os dados foram avançados à Lusa por fonte do Ministério da Segurança Social.

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Cerca de 21,5% das pessoas que estavam de baixa por doença entre Janeiro e Setembro deste ano e que foram chamadas a juntas médicas foram consideradas aptas para trabalhar, revelou à Lusa fonte oficial do Ministério da Segurança Social.

A mesma fonte adiantou, porém, que nem todas as situações podem ser consideradas fraude.

A secretária de Estado da Segurança Social revelou no Parlamento que, até Setembro, foram realizadas 224.796 juntas médicas, mais do que em todo o ano de 2014 e tantas quantas as efectuadas em 2015.

Cláudia Joaquim falava perante os deputados das comissões de Orçamento, Finanças e de Trabalho, onde foi apresentado o Orçamento da Segurança Social para 2018.

Fonte oficial do Ministério de Vieira da Silva disse depois à Lusa que, "cerca de 21,5% das verificações efectuadas em 2017 correspondem a situações consideradas aptas para o trabalho".

No Parlamento, a secretária de Estado lembrou que em 2016 já tinha havido um reforço da fiscalização aos subsídios por doença e sublinhou que o serviço de verificação das incapacidades temporárias está "a recuperar de quatro anos de perdas" de recursos.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, já tinha anunciado que a fiscalização às baixas por doença vai ser melhorada e que haverá novos critérios de controlo para que o combate à fraude seja mais eficaz.

Comentários
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  • Paula Broeiro
    26 out, 2017 Lisboa 20:12
    Considero lamentáveis estas afirmações! Sou médica de família e regularmente tenho que recorrer das decisões das juntas médicas de verificação de incapacidade temporária da Segurança Social. Chegando ao cúmulo de argumentarem que têm incapacidade permanente pelo que dão alta da incapacidade temporária! Sem que seja garantida a atribuição de incapacidade permanente. A Assembleia da República criou legislação de proteção do cuidador mas não a regulamenta. As Juntas Médicas da Segurança Social dão alta a cuidadores de dependentes em exaustão, com o argumento de estarem há tempo de mais de baixa. Ignorando que quem fica a ganhar com os cuidadores informais são os doentes e a sociedade. São baixas fraudulentas ou um é Estado incapaz de proteger os mais frágeis e incoerente nas políticas sociais. Enquanto médica sinto-me afrontada com tais afirmações assumindo como verdade a frieza dos números, sem a compaixão de quem lida diariamente com o sofrimento humano!
  • VICTOR MARQUES
    26 out, 2017 Matosinhos 11:23
    A SÉRIO!!!...
  • Judite Gonçalves
    26 out, 2017 Barreiro 11:08
    Não vou falar das doenças, porque cada um lá sabe do que se queixa. E muitas vezes os colegas falam uns dos outros sem conhecimento de causa, como eu disse uma vez quem tem uma doença oncológica ou uma depressão é normal que falte, até para ir ao médico. Mas alguma coisa tem que ser feita, ou reformam determinadas pessoas ou elas saem do sistema. Há pessoas a faltar ano após ano e não lhes acontece nada. Isto é grave, por exemplo no ensino, os professores ficam de baixa e os alunos ficam sem aulas, passado uns meses esse professor é substituído por outro. Mas eis que chega o professor titular e o está a substituí-lo vai embora, o professor titular dá aulas um dia e vai outra vez de baixa e os alunos voltam a ficar sem professor e assim sucessivamente. Isto acontece ano após ano, e tudo fica na mesma, mas diga-se de passagem que alguns dos que estão de baixa também não fazem falta, porque o trabalho que faziam deixa muito a desejar. Mas claro as pessoas não podem simplesmente ser atiradas para a miséria, tem que se pensar em algo, apresentar alternativas, como mudar de funções. A desmotivação é um grande problema, porque sós alguns poucos privilegiados fazem o que gosta e ganham dinheiro para viver sem problemas ao longo do mês. Os restantes têm que aguentar quer gostem quer não gostem. E cada vez haverá mais descontentamento. E não vale a pena ser contra o RSI contra as baixas, as pessoas precisam de viver.
  • Rui
    26 out, 2017 Lisboa 09:52
    Isto é patético se uma pessoa não se sente motivada para ir trabalhar e for à mesma andando a arrastar-se só para queimar tempo, como é o prato do dia na função pública, o patrão e colegas vão lhe perguntar, então colega estás doente, ele prontamente responde sim vou ao médico e vai de baixa e volta quando estiver em condições, para mais se tem direito a baixa é porque desconta para isso.
  • Mark
    26 out, 2017 Coimbra 08:36
    Tirando algumas excepções, a verdade é que a muita gente que gosta de ficar em casa a 'ganha-lo'...Ou Por inércia ou por falta de incentivo por causa de ordenados baixos ou simplesmente por não gostar do que faz e mais que motivo para ficar longe do trabalho e do emprego por motivos de doença.... Com a flexibilização do mercado de trabalho não se justifica tanto número de baixas por motivos de doença alguma coisa tem que ser feita para combater a falsa falta...
  • 26 out, 2017 Lisboa 08:07
    Deem uma volta pelos subúrbios são aos milhares de gajos/as sem fazerem a ponta de um corno, uns de baixa outros funcionários do RSI. tudo a mamar dos nossos descontos dos nossos impostos, muitos são portugueses por decreto lei do PCP e restante esquerdalhada.
  • jp
    26 out, 2017 lx 07:36
    E dos que há suspeitas de fraude houve participação ao MP?
  • Antonio
    26 out, 2017 Vale de Cambra 06:55
    Eles NÃO SABIAM, o que è que vocês querem (ppc). Aqui està mais uma (entre muitas) de que os portuguêses estão entre os melhores trabalhadores ,(PARA ROUBAREM O PAÍS) do mundo.
  • Maria Luxemburgo Câm
    26 out, 2017 Sintra 03:08
    Eu conheço uma colega da escola onde trabalho que entrou 4 meses de baixa alegou que havia um problema grave nos ossos da mão que a impedia de dar aulas e conduzir. Entretanto essa mesma colega viajou várias vezes para o Norte, a conduzir o carro, almoçava todos os dias no Almada Fórum.... só vivia a passear, trabalhar que é bom... nada! Quando não há fiscalização é isso que acontece!
  • joao
    25 out, 2017 lisboa 22:41
    E os do Rendimento minimo?!?!?! quantos estao bons para trabalhar?

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