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Altice não tolera tentativas dos concorrentes de politizar compra da TVI

30 out, 2017 - 20:28

Multinacional critica Sonae e fala em "tentativas flagrantes de poderosos grupos económicos no sentido de perpetuar o 'status quo'".

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A Altice "não tolerará tentativas" dos concorrentes de "desviar o rumo do processo" de compra da Media Capital pela MEO, nem "tentativas de transformar uma transacção entre empresas privadas num assunto político".

A Altice emitiu esta segunda-feira um comunicado em que pretende responder aos seus concorrentes, que acusa de terem um "tom demagógico sobre a operação de compra da Media Capital", bem como clarificar a sua estratégia com esta operação.

A multinacional afirma que, relativamente ao processo regulatório relativo à aquisição da Media Capital por parte da MEO, "não tolerará tentativas, por parte dos seus concorrentes, de desviar o rumo do processo tal qual previsto nos termos da lei, incluindo tentativas de transformar uma transação entre empresas privadas num assunto político".

Para a empresa francesa, "os comentários feitos em nome da democracia ou outras afirmações igualmente alarmistas feitas por concorrentes" são apenas "tentativas flagrantes de poderosos grupos económicos no sentido de perpetuar o 'status quo'".

A Altice lamenta que estes grupos não tenham hesitado em "atacar e intimidar os reguladores e outros envolvidos no processo, continuando a levar a cabo uma campanha claramente orquestrada contra a perspetivada transação" e dirige a crítica à Sonae.

"É particularmente surpreendente ver um grupo como o Grupo Sonae, que sempre protestou contra a interferência política em processos anteriores em que esteve envolvido e em que falhou os seus objetivos, tentar trazer agora, quando lhe é conveniente, a política para o processo", lê-se no comunicado.

A Altice deixa também uma crítica ao grupo Impresa, ao afirmar que o Grupo Sonae/NOS e a Vodafone, que são os concorrentes mais diretos da Altice no setor das telecomunicações, "têm sido os mais alarmistas nas suas intervenções, com o apoio de alguns meios de comunicação social, entre os quais o Grupo Impresa, que tem sido o promotor mais diligente dessas intervenções".

A francesa considera que está em curso uma "campanha sem precedentes orquestrada pelos [seus] concorrentes" que "apenas serve os interesses próprios dos operadores em causa e não reflete qualquer preocupação pelo bem-estar dos consumidores portugueses ou pelo futuro do setor".

O Conselho Regulador da ERC não conseguiu chegar a consenso sobre a operação de compra da Media Capital pelo grupo Altice, tendo o processo sido remetido para a Autoridade da Concorrência (AdC).

Questionado pela Lusa sobre esta situação, o presidente da Sonae criticou a "não decisão" da ERC sobre a compra da Media Capital pela Altice, afirmando que o negócio "criará condições" para haver indignação com a "descoberta de uma operação 'Marquês' 10 vezes maior", afirmações que levaram a dona da MEO/PT a "avançar com uma queixa-crime" contra o gestor.

Comentários
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  • Francico
    30 out, 2017 lisboa 20:53
    A máfia quer agora vestir a pele de cordeiro.... Sem beneficiar da minha simpatia, a Sonae tem toda a razão em insurgir-se contra este negócio. A Altice quer ficar numa posição totalmente dominante. Podem garantir tudo a este tempo, como os politicos antes das eleições, mas quando se tornarem os donos e senhores.... que se lixem as promessas. Muitos de nós conhecemos o sistema

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