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Reportagem

​Paddy Cosgrave, o super-herói do “networking”

06 nov, 2017 - 19:54 • João Carlos Malta

O irlandês que fez de um evento de 400 pessoas o maior do mundo da área do empreendedorismo começou a Web Summit de 2017 com mais uma demonstração de força. Ele é uma “estrela rock” para quem quer começar um negócio.

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Tudo começa com uma batida forte, ritmada, empolgante. A luz ajuda a criar o resto do cenário. Vêm aí o líder. Paddy Cosgrave, fundador e cara da Web Summit, abre o evento de 2017 e é recebido pelos milhares sentados na Altice Arena como se fosse uma estrela rock. Palmas, gritos, júbilo. A coreografia é encenada, mas tudo parece natural.

Ele corresponde ao êxtase do público e começa a tecer loas à cidade que o recebe: Lisboa. Diz que é linda, que é incrível. Pede palmas. Primeiro, a um lado da audiência, depois ao outro. Todos respondem.

Como os super-heróis, que mais tarde vai invocar para lançar Bryan Johnson (líder da Braintree, empresa que desenvolve tecnologia para aumentar as capacidades do cérebro) no palco, Paddy fala do superpoder dos empreendedores: o “networking” (contactos empresariais, muitas vezes feitos de forma informal). “A Web Summit é sobretudo isso”, resume.

Mas mais do que dizê-lo, é preciso fazê-lo. Ele quer quebrar o gelo e por isso pede que todos se levantem. Todos se levantam. O ritual começa. Ele pede para todos dizerem olá à pessoa que está ao lado. Todos dizem. São milhares. Depois, o irlandês quer que se apresentem a quem está por perto. Um burburinho transforma-se num som cada vez mais alto, até parecer que estamos no meio de um concerto.

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Paddy está contente. “É mesmo assim”, diz. Depois de dar uma amostra do seu poder, explica de onde ele vem. Ele que começou em Dublin em 2010 com poucos empreendedores e é agora o maior do mundo: a fazer conferências para investidores e “startups” nas quais há ainda um toque de poderes político e económico. A Web Summit, uma "grande galeria de 'startups' e empresas de todo o mundo", “começou com uma simples ideia em 2010”, de “conectar a área da tecnologia”.

Mas ele também não esquece quem está na base e por isso pede uma ovação para o “staff” e para os voluntários que dão suporte a que os 60 mil que vão estar em Lisboa até quinta feira possam fazer o que têm a fazer: negócios.

"Os participantes são 59.115, mas, ao todo, incluindo 'staff', imprensa e investidores, 81 mil pessoas vão passar pelas portas da Web Summit nos próximos dias", estimou.

Pelo meio, Paddy Cosgrave consegue ainda ter Stephen Hawking a entrar em directo no evento. Um dos mais consagrados cientistas do nosso tempo consagrou a maior cimeira mundial de empreendedorismo.

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