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Uber, Cabify e Chofer em greve contra “perseguição” policial

07 nov, 2017 - 19:41

Plataformas de transportes querem criar "um caos na mobilidade urbana", em protesto contra as multas passadas no dia de abertura da Web Summit e o atraso na aprovação da lei que regula o sector.

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A Uber, Cabify e Chofer vão fazer uma paragem na quarta-feira, entre as 16h00 e as 20h00, em protesto contra a "perseguição pelas autoridades policiais" que dizem ter ocorrido na segunda-feira, dia de abertura da Web Summit, em Lisboa.

O presidente da Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT), João Pica, disse à agência Lusa que no primeiro dia da cimeira os motoristas foram vítimas de "perseguição pelas autoridades policiais" junto ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Com a paragem prevista para quarta-feira em Lisboa, as plataformas de transporte pretendem criar "um caos na mobilidade urbana" para alertar para o facto de a lei ainda não ter sido aprovada no parlamento.

"Se afectarmos uma percentagem dos transportes é óbvio que seremos ouvidos, porque vai despertar a atenção da organização da Web Summit", declarou o responsável da ANPPAT.

Segundo João Pica, vários motoristas destas plataformas foram multados e a associação estima que as coimas totais ascendam já a um milhão de euros.

A Uber, Cabify e Chofer querem um período de tolerância, porque a lei que regula estas plataformas já foi aprovada, mas ainda tem de ser discutida na especialidade.

De acordo com João Pica, cerca de 60% das viagens para a cimeira de tecnologia são asseguradas pelas plataformas alternativas de transportes.

Caso esta situação se continue a arrastar, os trabalhadores das plataformas alternativas de transportes têm previstas outras iniciativas, como marchas lentas pela capital portuguesa com as suas viaturas.

João Pica acredita que a adesão à iniciativa "vai ser considerável, principalmente porque é um momento de grande procura em Lisboa resultante da Web Summit, e da necessidade de mobilidade nestes dias".

Uma nota enviada pela associação refere que "a ANPPAT está ao lado de todos os empresários do setor", e aponta que "é difícil entender o porquê do arrastamento desta situação, depois das posições públicas favoráveis de vários membros do Governo".

A Web Summit decorre até quinta-feira, no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

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