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OE 2018. Teodora Cardoso detecta "falta de ambição" na proposta do Governo

09 nov, 2017 - 12:03

A presidente do Conselho de Finanças Públicas considera que falta uma "almofada" e avisa que "as conjunturas favoráveis não duram sempre".

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A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, considera que a proposta do Governo para o Orçamento do Estado (OE) para 2018 denota "falta de ambição".

“Atendendo à situação e ao ajustamento que o país já fez nos últimos anos, há alguma falta de ambição no ajustamento que esta proposta de Orçamento prevê e que vai reflectir-se tanto no curto como no médio prazo, em que não há uma criação de espaço orçamental que permita acorrer a situações conjunturais menos favoráveis”, afirmou Teodora Cardoso numa audição, no Parlamento.

“Como sabemos, as conjunturas favoráveis não duram sempre e, portanto, é preciso ter espaço para adoptar medidas de estabilização sem correr riscos de colapso financeiro, como nos tem ocorrido no passado”, destacou na comissão que analisa a proposta de Orçamento do Estado.

Teodora Cardoso está, esta quinta-feira de manhã no Parlamento, a apresentar o parecer do Conselho de Finanças Públicas sobre o próximo OE. Além das críticas ao ajustamento, a economista sustenta que a proposta do Governo prevê um aumento de impostos indirectos.

“Ao nível da receita fiscal, são os impostos indirectos que crescem e, no seu conjunto, a receita fiscal decresce 0,1 pontos percentuais do PIB nesta proposta. O crescimento é por via dos impostos indirectos e há algum decréscimo nos impostos directos”, afirmou.

A economista deixou ainda um apelo às bancadas parlamentares para que considerem a transparência como "uma prioridade da política orçamental". No seu entender, as medidas temporárias apresentadas pelo Governo não podem ser consideradas como tal.

Nota positiva para os resultados da dívida pública, com trajectória descendente, mas com o Conselho de Finanças a considerar que existe muita dependência das variações dos juros. O facto de, ao longo dos anos, o país não ter obedecido às regras orçamentais provocou o estado em que está a dívida pública, defendeu a presidente do organismo.

Teodora Cardoso pediu também atenção para o facto de as carreiras na Administração Pública estarem paradas há muitos anos e apelou a uma política salarial mais eficiente.

A economista pediu ainda mais transparência orçamental nas empresas públicas, uma situação que prejudica quem analisa e quem decide, o Parlamento e os próprios ministros.

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  • Leonel
    10 nov, 2017 Lisboa 07:58
    Esta senhora não acerta uma. Sempre na linha da direita. Quer uma almofada à pala do aumento das pensões, do salário mínimo ou da reposição do que foi roubado a quem trabalha. Já tem idade para ter juízo e ir mas é para o reformatório.
  • marta
    09 nov, 2017 viseu 15:05
    nao te preocupes teodora o costa tem uma fabrica de notas nas quintas do pcp e o be esta la a imprimilas nao ves que a crise ja acabou ate o ze que era carpinteiro agora ja nao precisa de trabalhar ja tem o ris
  • rosinda
    09 nov, 2017 palmela 14:26
    teodora nao chames governo aquela coisa" que a esquerda inventou para meter a culpa uns nos outros!
  • Maria
    09 nov, 2017 Porto 13:58
    Falta de ambição? Acho que a palavra não será essa! Ambição têm eles que chegue...
  • Sai palha
    09 nov, 2017 Lisboa 13:20
    Esta senhora ainda não conseguiu perceber que ninguém a ouve. Durante um período de quatro anos esteve demasiado calada e ninguém se esquece disso. Grata ao tacho mas tanto também não.
  • Eborense
    09 nov, 2017 Évora 13:13
    “Como sabemos, as conjunturas favoráveis não duram sempre". Não tem razão Dr.(a) Teodora. Com a geringonça comandada pela xuxalhada, a conjunta será sempre favorável. Basta ler e ouvir a "carneirada", que comentam aqui e noutros sites.
  • sem almofada
    09 nov, 2017 Cas 13:05
    mas com travesseiro!...é maior a ambição com travesseiro!
  • o que vale
    09 nov, 2017 lis 13:02
    é que o anterior governo Passista e a sua partenaire financeira, tinha a ambição de nos tornar mais pobres, porque era necessário empobrecer o país custasse o que custasse, porque não havia alternativas!...esta gente não se cansa em desvirtuar o trabalho que não é o deles mas de outros que com empenho tentam fazer o melhor que sabem e o que é possível! O que faria esta sra, como ministra das finanças ou da economia? Que ambição teria?
  • portugues
    09 nov, 2017 portugal 12:54
    ó srª Teodora vai para a reforma que já andas a mais, não tenhas ilusões que sabes mais que os outros.

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