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Quase 50% dos professores vão ter progressões na carreira

17 nov, 2017 - 10:59

Mário Centeno fez uma intervenção com recados também para os partidos que apoiam o Governo no parlamento, afastando "visões miópicas".

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O ministro das Finanças afirmou que quase 50% dos professores vão ter progressões na carreira e mais de 7.000 recém-contratados vão ser colocados nos escalões previstos em 2018, medidas que vão custar mais 115 milhões de euros.

Numa intervenção inicial na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), Mário Centeno afirmou que são 46 mil os professores abrangidos pela progressão de carreiras no próximo ano e que 7.000 recém-contratados "vão ser recolocados nos escalões a que têm direito".

"São mais de 115 milhões de euros de custo orçamental", acrescentou o governante, lembrando que a progressão na carreira docente é muito mais rápida do que para a administração pública geral.

O ministro reafirmou a posição do Governo em relação às progressões das carreiras dos professores e garantiu que “não há retroactivos” para recuperar o tempo de serviço perdido durante o congelamento.

Na prática, “nas carreiras em que o tempo conta, o que este orçamento faz é repor o cronómetro a funcionar”, explicou.

Processo complexo

Segundo Centeno, além dos 47% dos professores que progridem na carreira no próximo ano, também 40% dos técnicos superiores (cerca de 10.000 licenciados) vão avançar na carreira.

Além disso, nas carreiras onde as progressões "são menos relevantes", como é o caso dos médicos e dos magistrados, são cerca de 37% os trabalhadores que vão progredir, enquanto naquelas onde "não há promoções a relevância das progressões aumenta, como é o caso dos enfermeiros, em que 57% vê a sua carreira valorizada".

No parlamento, Mário Centeno alertou que "o descongelamento das carreiras é um processo complexo e que desde cedo foi claro que os valores envolvidos não seriam compatíveis com um processo que ocorra integralmente ao longo de um ano, razão pela qual o descongelamento foi previsto de forma gradual".

O ministro recordou que as progressões no conjunto da Administração Pública custam mais de 600 milhões de euros "ao longo de todo o processo".

A bancada do PSD, pela voz do deputado Duarte Pacheco, lembrou que quem congelou as carreiras dos professores foi o PS em 2010, mantendo em 2011: "Criaram as expectativas a todos que era possível dar tudo a qualquer momento. Estão, agora, a colher aquilo que andaram a semear”. Uma acusação que causou uma acesa troca de palavras.

Centeno alerta para visões miópicas

Esta foi uma intervenção onde Mário Centeno aproveitou para deixar recados também para os partidos que apoiam o Governo no parlamento. "Mais do que tirar partido da actual situação para discutir como utilizar supostas folgas, devemos entender que a estabilidade orçamental se consegue apenas com rigor e responsabilidade sobre as decisões públicas."

"O país tem ainda um longo percurso a percorrer, incompatível com visões miópicas que se focam no amanhã próximo", sublinhou.

Esta sexta-feira termina o prazo para os partidos apresentarem as propostas de alteração ao Orçamento do Estado, que depois vão ser discutidas e votadas entre 22 e 24 de Novembro.

Mário Centeno encerra hoje a ronda de audições parlamentares sobre o Orçamento. O encerramento e a votação final global está agendada para o dia 27 de Novembro.


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  • José
    21 nov, 2017 Sintra 14:58
    Um dia destes dá-me na veneta e ainda arranjo um esquema para convencer os reformados e pensionistas TODOS, para não consumirem electricidade e gás, nem fazerem compras 2 dias por semana, durante um mês. Essa será a nossa forma de luta, que durará enquanto não forem recuperados todos os aumentos anuais que devíamos ter tido. Isto de progressões e recuperações não pode ser só para quem grita, ou há moralidade ou comem todos!
  • Pedro
    17 nov, 2017 Braga 16:05
    Pergunto eu...Isto também se aplica aos professores que se encontram a trabalhar no privado, e aqueles que estão a dar formação aos desempregados através do IEFP; muitos destes ainda estão a recibos verdes...Uma palhaçada...Portugal dos filhos e enteados...Haja paciência...
  • A.Moura
    17 nov, 2017 Lx 14:19
    Já estou cansado de rir tanto! Com esta santíssima trindade que nos (des)governa lá vamos outra vez a caminho do abismo... mais uma vez! E, por isso, ocupamos com justiça o lugar de um dos países mais pobres da União Europeia!
  • Manuel Costa
    17 nov, 2017 Agueda 13:51
    Ainda bem que neste governo existe alguém que põe travão ás loucuras da estrema esquerda e dos sindicatos da função pública. Mas o primeiro ministro tem muita culpa porque gosta muito de exagetar no otimismo e na abundancia, que não existe. É tempo de realismo, pensar em reduzir e não em aumentar a despesa pública que é uma das maiores do mundo.
  • A.Moura
    17 nov, 2017 Lx 13:33
    Já estou cansado de rir tanto! Com esta santíssima trindade que nos (des)governa lá vamos outra vez a caminho do abismo... mais uma vez! E, por isso, ocupamos com justiça o lugar de um dos países mais pobres da União Europeia!
  • 17 nov, 2017 12:47
    O marcelo vai estar sempre em cima dos incendios para comentar e a unica coisa que ele aprendeu a fazer na tvi!
  • 17 nov, 2017 palmela 12:39
    O presidente da republica deve organizar um jantarinho na capela dos ossos em evora e convidar todos os que concordam que se faca jantares no panteao nacional! O convidado de honra deve ser o filho do mario soares ele nao se importa!
  • DR XICO
    17 nov, 2017 LISBOA 12:24
    Também merecem coitados, só têm 105 dias de férias e progressões obrigatórias nas carreiras de 4/4 anos, com 36 anos de serviço chegam ao topo da carreira, tem tudo a ver com os outros funcionários publicos que para lá chegarem levam 120 anos... Vão trabalhar mas é.
  • 17 nov, 2017 palmela 12:22
    Eos funcionarios publicos deviam ter vergonha na cara e pensar no diabo dos agricultores que se fartam de trabalhar e chegam ao final da vida sem dinheiro e com reformas de miseria! Gastam o dinheiro todo que ganham na farmacia e nao morrem a fome porque criam umas glinhas e plantas umas couves ate a hora de entrar para o caixao!
  • CAMINHANTE
    17 nov, 2017 LISBOA 12:17
    Sindicatos ao ataque ao serviço do PCP ... demasiado subservientes na Governança extorsionária e persecutória anterior. Razão argumental dos professores, mas há dinheiro para tudo? Querem de novo a dupla prepotente anterior ? Querem os credores à perna?

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