20 nov, 2017 - 13:31
Os homens ganham, em Portugal, mais 17,8% do que as mulheres, acima da disparidade salarial média na União Europeia (UE 16,3%), segundo dados de 2015, divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.
A disparidade salarial é definida como a diferença entre os vencimentos anuais entre homens e mulheres, mas quando se tem em conta as três desvantagens que estas têm que enfrentar – menor salário por hora, menos horas de trabalho em empregos pagos e taxas de emprego mais baixas – a disparidade de género chegava, em 2014, aos 26,1% em Portugal (UE 39,6%).
No âmbito da promoção da igualdade de géneros, a Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira um plano de acção para acabar com as disparidades salariais entre homens e mulheres, que deverá estar aplicado até ao final do mandato do colégio, em 2019.
O plano de acção prevê o respeito pelo princípio da igualdade salarial, avaliando a possibilidade de alterar a directiva (lei europeia) sobre a igualdade de género.
Bruxelas quer ainda reduzir o efeito penalizante dos cuidados familiares, apelando ao Parlamento Europeu e aos Estados-membros que adoptem rapidamente a proposta de directiva relativa à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, de Abril de 2017.
“As mulheres continuam a estar sub-representadas nos cargos de chefia, tanto na política como nas empresas”, disse a comissária Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Vera Jourová.
A comissária acrescentou que “as disparidades salariais entre homens e mulheres devem acabar porque a independência económica das mulheres é a sua melhor protecção contra a violência”.