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​Novas pensões antecipadas com corte de 14,5% em 2018

30 nov, 2017 - 14:23

Idade legal da reforma deve passar para os “66 anos e cinco meses” em 2019, indica ministro da Segurança Social.

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Os trabalhadores que se reformem antecipadamente em 2018 terão um corte de 14,5% na pensão, resultado do aumento da esperança média de vida, segundo a estimativa provisória avançada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, em 2017, a esperança de vida estimada aos 65 anos foi de 19,45 anos.

Com base na legislação em vigor, esta actualização da esperança média de vida significará um corte de 14,5% no valor das novas pensões antecipadas por via do factor de sustentabilidade no próximo ano.

Este factor expressa a relação entre a esperança média de vida aos 65 anos em 2000 (16,63 anos) com a que foi obtida no ano imediatamente anterior ao do início da pensão, conforme explica a legislação.

Para compensar este corte, os beneficiários da segurança social podem optar por ficar mais tempo ao serviço, fazer mais descontos ou reforçar os descontos para regimes complementares. Este corte soma-se às penalizações de 0,5% por cada mês que falta para a idade normal de reforma, ou 6% ao ano.

Reforma aos 66 anos e cinco meses em 2019

O factor de sustentabilidade tem também influencia na idade da reforma. O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, diz que em 2019 a idade legal da reforma passa para os 66 anos e cinco meses.

“A confirmarem-se estes dados, ainda não tive oportunidade de os ver em detalhe, farão com que a idade legal de reforma passe para os 66 anos e cinco meses. É assim que está organizado o nosso modelo de sistema de pensões. Se nada houver em contrário, esse será o valor que vigorará em 2019”, afirma Vieira da Silva.

Vieira da Silva referiu que esta quinta-feira, também, foram conhecidos os dados consolidados do Produto Interno Bruto (PIB) que "garantem que o crescimento da economia para efeitos da actualização das pensões se situou na média dos dois anos acima dos 2%".

"Tal confirma a perspectiva aquando do recente debate orçamental. Este ano, pela primeira vez, ao fim de vários anos, haverá para a generalidade um aumento real do poder de compra" por parte dos beneficiários de pensões, disse.

De acordo com o titular das pastas do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, esse "é um dado extremamente positivo, porque terá um efeito muito significativo para a esmagadora maioria dos pensionistas".

Comentários
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  • Reforma dos escravos
    30 nov, 2017 Lisboa 21:23
    Reformar aos 66 anos, a velocidade que o mercado de trabalho vai, e muda, aos 40 já estamos desactualizados, obrigando a aceitar trabalho precario e viver do ordenado minimo, mas ganhar o ordenado minino não significa que trabalhemos menos ou tenhamos menos responsabilidades, não, trabalhamos mais, sofremos mais, apanhamos os transportes publicos precarios, cheio de gente, bem já nos seus limites, trabalhamos 8 horas, foras as horas passadas nos tais transportes publicos, não temos apoio de ninguem, porque aquilo que ganhamos é um pouco superior ao rsi e ainda descontamos, e quando estamos doentes não podemos faltar nem ir ao médico, matamos a trabalhar para ter pouco, somos os escravos da era actual, aos 66, já nao teremos nada, nem força para nada..todos nos devemos ter os mesmos direitos da função publica, nunca percebi, somos todos portugueses?!
  • CAMINHANTE
    30 nov, 2017 LISBOA 17:51
    Manifestamente injusto este corte de 14,5 %, dito de sustentabilidade... a estratégia para não pagar o que pertence ao contrato legal e diminuir os rendimentos dos idosos ( que maioritariamente estão a equilibrar ou mesmo "salvar" filhos e netos, de situações sociais gravosas ). Mas é assim a vida....
  • M.Martins
    30 nov, 2017 Lisboa 16:07
    Para o Zé povinho é trabalhar até aos 67 anos. Os governos não têm a noção do que fazem, no privado isto é um mundo de cão. Mas o engraçado é que os senhores deputados estão lá meia dúzia de anos e vêm com reformas bem gordinhas de 4.000€ para cima. País desgraçado este.... Tenho vergonha e não tenho orgulho nenhum de ter nascido nesta pocilga.

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