21 dez, 2017 - 17:18
O défice orçamental deste ano vai ficar abaixo de 1,3%, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro. O valor é melhor do que o previsto (1,4%).
António Costa falava na apresentação das saudações de Natal ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma cerimónia que decorreu no Palácio de Belém.
“Vamos ter
este ano o ano de maior crescimento económico deste o princípio do século,
tivemos o ano passado o menor défice da nossa democracia e este ano vamos ter
um défice, que hoje já podemos dizer sem causar arrepios ao sr. ministro das
Finanças, que será inferior a 1,3%”, declarou o chefe do Governo.
“Do ponto de
vista financeiro fomos capazes de virar a página e de construir um futuro de
esperança e de confiança para todos portugueses" salientou.
O desemprego está a baixar e a confiança dos portugueses a aumentar, sublinhou. Sinal "de que a confiança do país está a aumentar" é o regresso dos emigrantes a Portugal, argumentou.
Na apresentação de saudações natalícias, António Costa recordou os grandes incêndios deste ano, que provocaram mais de 110 mortos.
“Foi um choque
colectivo para todos nós. Não diminui a capacidade do país de reagir nas horas
más e de responder”, afirmou o primeiro-ministro.
A resposta à tragédia dos fogos de Junho e Outubro é um "exemplo notável de resiliência das populações, que resistiram à dor e vão fazer renascer aquele território".
"Foi uma grande lição colectiva para todos nós. No fundo é um pouco a história do país nos últimos anos", disse António Costa.
Com o novo ano vêm também "responsabilidades". É preciso "fazer face a emergência, reconstruir, garantir que em 2018 não aconteça o que de inaceitável aconteceu em 2017", frisou.
"Ao mesmo tempo, é preciso trabalhar no médio e logo prazo: floresta ordenada e interior revitalizado", perspectivou o chefe do Governo nesta visita ao Palácio de Belém.
"Tem perante si
um Governo com confiança, ciente das responsabilidades, com enorme vontade de
prosseguir o caminho com pé firme, para qua caminhada se faça com confiança", disse António Costa ao Presidente da República.
Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa prometeu "solidariedade institucional" ao Governo, elogiou o comportamento dos portugueses face às tragédias deste ano e disse que o povo quer "estabilidade política e financeira".
“A sensatez do povo português foi essencial em 2017. É importante sentirem que os que têm responsabilidade política estão próximos deles. Essa ligação é fundamental”, declarou o Presidente.
O Presidente também pediu paz social na Autoeuropa. "Que não se corra o risco de aventuras", alertou.