15 fev, 2018 - 09:38
Cerca de 2.000 trabalhadores saíram dos principais bancos em 2017, ano em que fecharam pelo menos 269 agências, segundo dados compilados pela agência Lusa a partir dos resultados divulgados pelas instituições.
O Banco BPI e a CGD foram as instituições que mais funcionários reduziram no ano passado: 594 no banco detido pelo espanhol CaixaBank e 547 no banco público.
Do Santander Totta saíram 354 trabalhadores e do Novo Banco 390. Contudo, neste último caso, é necessário ter em conta que os dados são apenas referentes aos primeiros nove meses de 2017 (até setembro), uma vez que o Novo Banco ainda não apresentou contas de 2017.
Quanto ao BCP saíram 144 pessoas em 2017, segundo as contas divulgadas esta quarta-feira.
Já na Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) houve mesmo contratações líquidas, tendo no final de 2017 mais 31 trabalhadores do que em 2016.
De entre os maiores bancos, ficam a faltar os dados do Novo Banco, que ainda não apresentou as contas de 2017.
Os números conhecidos são até setembro passando, mês em que a instituição nascida aquando da resolução do BES tinha 5.297 funcionários em Portugal, menos 390 do que em dezembro de 2016. É provável que a saída de trabalhadores aumente com os dados referentes ao último trimestre de 2017.
Por fim, a Caixa Económica Montepio Geral tinha 3.837 trabalhadores no final de 2017, mais 31 do que em 2016. Quanto a balcões, o banco do grupo Montepio tinha 325, menos dois do que em 2016.
Apesar de os bancos terem vindo a reduzir milhares de trabalhadores e a fechar agências nos últimos anos, este processo não deverá ficar por aqui, quer devido à necessidade de os bancos continuarem a reduzir custos para melhorar a rentabilidade, quer devido ao processo de digitalização e automação da indústria bancária que reduzirá a necessidade de funcionários e de balcões presenciais.
Os cerca de 2.000 trabalhadores que saíram dos principais bancos portugueses em 2017, juntam-se aos 2.000 que já tinham saído em 2016 e aos 1.333 de 2015.
No total, nos últimos três anos, saíram dos principais bancos (que representam mais de 80% do setor bancário) mais de 5.000 funcionários.