06 mar, 2018 - 23:07
O Novo Banco vai avançar com um processo de rescisões voluntárias e reformas antecipadas que deverá levar à saída de mais de 400 trabalhadores, além do fecho de 73 balcões, segundo fontes do setor financeiro.
A administração do Novo Banco e a Comissão de Trabalhadores do banco reuniram-se esta terça-feira, tendo a CT enviado um comunicado aos funcionários em que diz que o banco "pretende encerrar 73" balcões este ano, 30 até final de abril e mais 43 até final deste ano.
Já quanto a trabalhadores, o comunicado a que a Lusa teve acesso indica que será feito um programa de reformas antecipadas e outro de rescisões voluntárias com que o Novo Banco "pretende antecipar o compromisso [de redução de trabalhadores até 2021] para o final do corrente ano".
O comunicado não indica quantos trabalhadores estão em causa, mas fontes contactadas pela Lusa indicam que o objetivo do número de trabalhadores a sair este ano é superior a 400, cerca de metade em rescisões e a outra metade em reformas antecipadas.
A intenção do banco liderado por António Ramalho é que o programa de reformas antecipadas (para trabalhadores acima de 55 anos selecionados pelo banco) esteja concluído no primeiro semestre e as rescisões "no decorrer deste quadrimestre", segundo o órgão representativo dos funcionários do banco.
Já contactada, fonte oficial da Comissão de Trabalhadores não quis prestar declarações.
O Novo Banco - que desde outubro pertence maioritariamente ao fundo norte-americano Lone Star - ainda não apresentou as contas de 2017, pelo que os últimos dados são referentes em setembro passado.
Nesse mês, a instituição nascida em 2014, aquando da resolução do BES, tinha 5.297 funcionários em Portugal, menos 390 do que em dezembro de 2016, e 449 agências, o que significa que tinha fechado 58 nos primeiros nove meses do ano passado.