08 mar, 2018 - 09:27 • Olímpia Mairos
Chama-se Douro Criativo. É um prémio e está inserido no projeto Douro Creative Hub, promovido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
João Calejo, um dos promotores da iniciativa, explica que o objetivo é “identificar ideias de negócio no âmbito das indústrias criativas, destacar projetos já executados ou a executar e premiar entidades coletivas que incorporem as indústrias criativas na sua atividade”.
Com o prémio pretende-se também “incentivar a implementação de novos projetos e empresas na área das indústrias criativas que sejam sustentáveis, capazes de criar novos postos de trabalho e que tenham elevado impacto regional promovendo o Douro como território criativo e destacando a atividade criativa como geradora de valor económico”.
As candidaturas ao prémio podem ser submetidas até ao dia 30 de abril e o prémio é entregue em 27 de junho. Ao contrário da grande maioria dos prémios, este não tem qualquer valor monetário.
“Nós queremos criar massa crítica, queremos deixar conteúdo e formação e, então, estruturamos um prémio que visa pegar nos projetos que ainda vão virar negócios e integrá-los numa ação de capacitação, que nós chamamos plataforma colaborativa em que vão trabalhar com outros empreendedores, que já traçaram esse caminho de criar negócios, para ajudar a afinar e a melhorar a sua ideia de negócio”, explica o promotor.
Para o efeito, será realizado um “creative camp” e um programa de mentoria.
“Não queremos dar o peixinho, que era o prémio, que era mais fácil, queremos dar a cana para ensinar os criativos a pescarem, e este ter um efeito replicativo para que possamos daqui a três quatro anos ter a região do Douro vista como uma região de criativos, em que surgem negócios sustentáveis”, enfatiza João Calejo.
O professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro lembra que hoje em dia a economia é global, mas defende que é possível “estar neste contexto regional e trabalhando para o mundo e também fixando pessoas na região e fixando pessoas com valor, com conhecimento e, desta forma, também criando uma região mais sustentável e aportado de valor”.
Prémio nacional com três concursos
Focado na NUTS III Douro e nas gentes dos seus 19 municípios, o prémio é de âmbito nacional e divide-se em três concursos.
O concurso número um recai sobre as ideias de negócio na área das indústrias criativas e pretende premiar ideias de negócio inovadoras, que potenciem o aparecimento de novos produtos, serviços, novas formas de comercialização ou novas abordagens de mercado na região. Está dividido em quatro categorias que abrangem todas as áreas das indústrias criativas, desde a arquitetura e artes visuais, música e artes performativas, conteúdos e novos média e turismo e património.
O concurso dois contempla projetos ligados às indústrias criativas e divide-se em duas categorias: projetos já executados, até 2015, e projetos a executar até fevereiro de 2019.
O concurso três dirige-se a entidades coletivas que incorporam as indústrias criativas, por exemplo empresas ou adegas que ganham valor através de projetos de arquitetura ou rótulos inovadores.
O prémio Douro criativo insere-se no Douro Creative Hub, um projeto que pretende servir de rampa de lançamento para a criação do polo das indústrias criativas do Douro. Tem um orçamento de cerca de 600 mil euros e uma duração prevista de 24 meses, terminando em abril de 2019.