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Centeno sobre aumentos na função pública: “Nunca digo nunca”

17 abr, 2018 - 11:06

Ministro acredita num entendimento com os parceiros para o OE de 2019.

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O ministro das Finanças não fecha a porta aos aumentos salariais na função pública em 2019.

"Nunca me ouviu dizer a palavra nunca e também não vai ser agora", disse Mário Centeno, em entrevista à TSF, lembrando que tudo depende dos resultados económicos.

"Anunciámos o que iríamos fazer e começar um programa de recrutamento na administração pública. Para áreas que têm estado muito fechadas, digamos assim, em termos de admissões nos últimos anos. É um caminho que está a ser feito, vai continuar a ser feito e os equilíbrios que forem encontrados no âmbito do Orçamento de 2019 ditarão qual é o seu desenho final", explicou.

Assegurado está o descongelamento de carreiras: "Posso-lhes garantir que o descongelamento das carreiras vai prosseguir e isso é visível no quadro que foi incluído no Programa de Estabilidade, o que significa quase 400 milhões de euros de aumento das despesas com o pessoal e, portanto, os funcionários públicos vão ter um aumento no ano que vem. Isso é garantido."

Questionado sobre a existência de margem para concretizar esses aumentos, o ministro reforçou que "o Orçamento é um exercício de equilíbrios" que tem de "satisfazer, obviamente, um conjunto de compromissos que já estão assumidos". Por isso, acredita num entendimento com os parceiros.

"Tenho para mim que o trabalho que temos desenvolvido até hoje vai continuar a ser desenvolvido no futuro e vamos chegar com certeza a um entendimento em relação ao Orçamento do Estado de 2019, tal como fizemos até aqui", sustentou.

O ministro não se compromete com uma redução da carga fiscal enquanto não se atingir a estabilização fiscal em Portugal. "É muito importante que não percamos de vista esta ideia de que o sol de facto não brilha todos os dias. E temos que nos precaver", argumentou.

Nestas declarações, Mário Centeno garantiu ainda que "não há nenhuma fricção" com o ministro da Saúde, lembrando que a gestão orçamental e financeira é complexa, porque "tem de responder a múltiplas prioridades".

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  • João Lopes
    17 abr, 2018 Viseu 15:28
    O Governo, chefiado por um hábil malabarista e fingidor, silencia a dívida pública que subiu para 246 mil milhões de euros em fevereiro/2018; em 2017 a carga fiscal foi a mais elevada desde 1995 (34,5% do PIB); abusa das cativações o que origina uma degradação dos serviços públicos em especial na SAÚDE; a produtividade não aumenta; os empregos criados são frágeis e de salários baixos; está centrado no curto prazo…quer manter-se no poder a todo custo…
  • Cidadao
    17 abr, 2018 Portugal 15:06
    É a Maioria Absoluta a fugir, ou é o PSD de Rui Rio a defender esse aumento e portanto a recuperar alguns milhares, que podem vir a ser dezenas/centenas de milhares de votos? Ou é as duas coisas juntas? Sim, porque duvido que este volte-face tenha sido por terem tomado consciência que os salários da FP estão ao nivel de 2009, a que se acrescenta o tal aumento brutal de impostos, os cortes salariais do sócrates, ampliados no Passismo da PAF, o aumento das contribuições para a ADSE e outras, as tabelas de IRS que "comeram" qualquer acréscimo, etc. Só por finalmente haver alternativa ao PS - que nos últimos tempos tem-se portado como o PSD do Passos Coelho - já valeu a pena a eleição do Rui Rio.
  • marco
    17 abr, 2018 lisboa 14:58
    Centeno, presidente eurogrupo e Costa são gente super inteligente e estarão previstas todas as folgas dentro regras Bruxelas .O teatro e telenovela acerca deste ou aquele aumento ou não , são atitudes de gincana politica para agradar e nao desiludir certos eleitores .Os partidos têm que ter noção que cada vez mais há eleitorado com cursos académicos e interesse em simultâneo no litoral e interior que irá revolucionar a votação.O governo esteve mal na aplicação lei 124/2006 ou ainda haverá mudança de atitude ?

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