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​Brexit. Portugal vai receber menos fundos europeus

09 mai, 2018 - 11:58

Comissário português reconhece que há novos desafios na Europa com a saída do Reino Unido mas não tem dúvidas que projeto europeu “é irreversível”.

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O comissário Europeu para a Investigação e Ciência, o português Carlos Moedas, admite que será inevitável um corte de fundos europeus para Portugal.

“Nós lançámos este orçamento que é um orçamento de aposta no futuro e que vai aumentar muito aquilo que é o investimento na inovação e na ciência, mas, infelizmente, temos menos um país, ou seja, sem o Reino Unido isso vai ter um efeito naquilo que eram as grandes linhas do orçamento, entre elas a agricultura e os fundos estruturais e, portanto, vamos realmente ter que reduzir”, diz Carlos Moedas, em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença.

Carlos Moedas lembra, no entanto, que essa tendência pode ser invertida, se os Estados-Membros assim o entenderem. “Se os países decidirem pôr mais dinheiro, então isso não acontece. As pessoas confundem a Europa com a Comissão Europeia, isso é uma decisão dos países, os países são Europa”, recorda.

Mesmo com dificuldades e desafios, como o Brexit, Carlos Moedas que o projeto europeu “é irreversível”.

“É um projeto de paz, é um projeto em que todos aqueles que estão neste projeto, toda esta geração Erasmus, quer continuar a viajar sem passaporte”, diz, lembrando que atualmente há “1,7 milhões de pessoas que passam a fronteira todos os dias. Estão num país, vão trabalhar noutro, voltam à noite para casa”.

O português refere ainda que, também no plano mundial, a Europa precisa de estar unida.

“Nós queremos continuar na Europa e queremos uma Europa que seja forte, porque, quando temos os Estados Unidos de um lado e temos a Ásia com a China do outro lado, a Europa tem de estar unida”, remata.

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