10 mai, 2018 - 14:19
Mais exportações, mais investimento das empresas e um ligeiro aumento do consumo das famílias aumentaram, são os fatores que fizeram a economia portuguesa crescer no último ano, acima da média dos países do euro. Contudo, ainda não é suficiente. Portugal continua 1,3% abaixo do nível observado em 2008, o ano que marcou o início da crise.
A boa notícia, segundo estes dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira, é que no mercado de trabalho as condições agora estão melhores. Os salários registaram um crescimento moderado e o emprego subiu mais de 3,3%, registando o maior aumento anual desde que existe a área do euro. Já a taxa de desemprego caiu quase 9%.
Por outro lado, a capacidade de financiamento da economia aumentou, ao mesmo tempo que o endividamento das famílias e empresas diminuiu. O estudo publicado pelo Banco de Portugal explica que são sobretudo os mais velhos que estão a baixar o endividamento das famílias, porque estão a pagar a casa mais cedo.
No caso das empresas, estão cada vez menos dependentes dos bancos nacionais. Preferem financiar-se através de empréstimos no exterior, com empresas do mesmo grupo ou bancos estrangeiros, emissão de títulos de dívida ou reforço de capitais próprios.