25 mai, 2018 - 19:11
A Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) diz que não está por detrás do protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis convocado através das redes sociais, mas mostra-se solidária.
Segunda-feira, dia 28, pode ser um dia complicado para abastecer combustível ou até mesmo para circular. Nas redes sociais estão a ganhar impulso convocatórias para bloqueios de estradas e boicotes às gasolineiras.
Não é claro quem está a organizar o protesto nas redes sociais. Em declarações à Renascença, Gustavo Paulo Duarte, da Antram, diz que não está por detrás da iniciativa, mas mostra-se solidário.
“Para nós está a ser cada vez mais difícil aguentar esta escalada de preços que começa a tornar muito difícil a rentabilidade e a sustentabilidade destas empresas e destes postos de trabalho. A ANTRAM tem uma posição solidária. Vivemos disto e custa-nos muito pagar esta extra. Além da outra carga fiscal, 60% do nosso maior custo são impostos diretos aos produtos petrolíferos. Somos os maiores pagadores de ISP em Portugal.”
Gustavo Paulo Duarte garante que ninguém quer parar os camiões, mas que a pressão está a ser muita e protestos espontâneos não são de excluir.
“Baixa de custos imediata e desoneração do ISP tal como ele é hoje”, são algumas medidas defendidas pela Antram.
Os preços dos combustíveis vão aumentar na segunda-feira em Portugal, pela décima semana consecutiva.
De acordo com fontes do sector, o litro de gasóleo e o de gasolina devem ficar mais caros um cêntimo, no início da próxima semana, renovando máximos de 2014.
O preço médio da gasolina deverá aproximar-se de 1,60 euros e o litro do gasóleo simples deverá passar a custar 1,37 euros.