26 jun, 2018 - 00:15
Lisboa é a 93.ª cidade mais cara do mundo em termos de custo de vida, subindo 44 posições em relação ao ano passado num estudo global da Mercer, que é liderado por Hong Kong.
Em 2017, a capital portuguesa ocupou a posição 137 no mesmo estudo, sendo que esta evolução é "a maior subida de sempre, desde o início da realização do estudo", refere a Mercer, em comunicado.
"Os fatores que motivam esta subida são maioritariamente decorrentes de variações do euro face ao dólar, mas refletem também uma subida de preços generalizada da cidade nas áreas da habitação, restauração e combustíveis", é apontado.
Este é o 24.º estudo comparativo sobre o custo de vida levado a cabo pela empresa e foi elaborado em março.
De 2016 para 2017, Lisboa tinha descido três posições neste ranking mundial, embora no ano anterior tenha subido.
Hong Kong lidera a lista
Este ano, o estudo coloca Hong Kong como a cidade mais cara do mundo, destronando Luanda, que ocupava o primeiro lugar na lista em 2017. Atualmente, a capital de Angola está na 6.ª posição.
Como exemplo, o estudo compara o arrendamento de um T3 nas "zonas nobres de Lisboa", que ronda os 2.650 euros por mês, enquanto em Hong Kong, e nas mesmas condições, o preço sobre para os 10.800 euros.
A análise divulgada esta terça-feira aponta também que o arrendamento de um T2 em Lisboa ronda os 2.000 euros, enquanto em Paris o valor sobre aos 2.600 euros por mês, e em Londres os 3.500 euros, por exemplo.
Segundo o estudo, a par de Hong Kong, as cidades que ocupam o 'top 5' das mais caras do mundo são Tóquio, Zurique, Singapura e Seul.
Lisboa com gasolina das mais caras
Em Lisboa, o preço da gasolina "é dos mais elevados face às cidades posicionadas no topo deste ranking". A análise refere que um litro de gasolina sem chumbo de 95 octanas custa 1,5 euros, enquanto em Hong Kong custa 1,63 euros, em Tóquio 1,01 euros, e em Zurique 1,34 euros.
Zurique "continua a ser a cidade europeia mais cara, encontrando-se no terceiro lugar do ranking". A cidade suíça subiu uma posição relativamente ao ano passado.
De acordo com o estudo, "África, Ásia e Europa dominam a lista das localizações mais caras para expatriados".
Este ajudo "foi desenvolvido para ajudar as empresas multinacionais e os governos a definirem estratégias para os seus colaboradores expatriados", sendo que inclui mais de 375 cidades em todo o mundo".
Lisboa é a única cidade portuguesa abrangida.
"O ranking deste ano inclui 209 cidades em cinco continentes e determina o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo alojamento, transporte, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento", acrescenta o comunicado enviado às redações.