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Salário mínimo acima de 600 euros "não chega" para CGTP e "é cedo" para a CCP

27 jun, 2018 - 11:52 • Teresa Almeida

O governo dá sinal de disponibilidade para ir além dos 600 euros, medida "justa" para a CGTP, mas que não é suficiente. Já a confederação do comércio entende que não é o momento para fazer essa discussão.

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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considera que o sinal de abertura dado pelo Governo no sentido de fixar o salário mínimo acima de 600 euros "é só mais uma forma de dar força à reivindicação da central sindical”.

Em declarações à Renascença, Arménio carlos defende que "já este ano, o valor deveria estar nos 600 euros" e que "o objetivo é chegar aos 650 euros já a partir de 1 de Janeiro". Neste quadro, "esta disponibilidade do executivo socialista de ir além dos 600 euros no salário mínimo, dá mais força á luta da CGTP”.

Mas o líder da CGTP pede mais. Para Arménio Carlos, aumentar o salário mínimo não chega, uma vez que “é preciso que, em simultâneo, seja desbloqueada a contratação coletiva e seja garantida a subida dos salários de todas as grelhas salariais que estão acima do salário mínimo nacional”.

"É cedo", para a CCP

A Confederação do Coméercio de Portugal (CCP) tem uma posição mais conservadora nesta matéria, defendendo não faz sentido falar agora desses valores.

Para o líder da CCP, João Vieira Lopes, “é cedo para avaliar qualquer valor que permita o aumento do saláario mínimo do próximo ano”.

Esses valores “têm de ser calculados em função da ponderação da produtividade, do crescimento da economia e da inflação e isso só se consegue ao fim de três trimestres", sustenta Vieira Lopes, acrescentando: "Achamos, por isso, que não faz qualquer sentido abordar agora o tema".

"Estamos a caminho de um ano eleitoral e tudo isto se enquadra nas estratégias eleitorais”, remata o presidente da CCP.

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