Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Governo diz que Uber e táxis não são concorrentes

14 set, 2018 - 18:02

Ministro quer "mesmo tratar todos por igual" e considera que plataformas de transportes e taxistas concorrem com o uso do transporte individual.

A+ / A-

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, comentou esta sexta-feira a manifestação anunciada pelas associações de táxi, considerando que este setor e as plataformas eletrónicas como a Uber não concorrem entre si, mas sim contra o transporte individual.

As associações do setor convocaram uma manifestação para dia 11 de setembro, mas acabaram por adiar o protesto para a próxima quarta-feira, para coincidir com a data de regresso ao trabalho dos deputados à Assembleia da República.

Os taxistas reclamam que seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade da Lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte, como a Uber e Cabify, e que, até à pronúncia do Tribunal Constitucional, se suspendam os efeitos do diploma aprovado "por forma a garantir a paz pública".

Num comentário este protesto, o ministro da tutela considerou que "os táxis, estas plataformas eletrónicas e a mobilidade partilhada não concorrem entre si".

"Estes três em conjunto concorrem é contra o uso do transporte individual e é isso que queremos mesmo que venha a acontecer nas cidades portuguesas", afirmou.

Matos Fernandes falava aos jornalistas à margem da apresentação do cartão Navegante Escola, em Lisboa.

"Queremos mesmo tratar todos por igual, percebemos que há de facto uma nova forma das pessoas se movimentarem nas cidades, e é absolutamente fundamental que tudo façamos para ter o menos transporte individual possível, transporte individual no sentido do carro de cada um de nós", disse.

O governante salientou que "se há processo que foi discutido e que merece um claro consenso" é a regulamentação para as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros a partir de veículos descaracterizados.

Este foi um "processo muito escrutinado", e o consenso, na opinião de João Pedro Matos Fernandes, é "não só dos portugueses, como de quem os representa, porque de facto foi aprovada a nova regulamentação para as plataformas eletrónicas por uma larguíssima maioria no parlamento".

Ainda assim, o ministro apontou que "obviamente que, desde que de forma pacífica, cada um pode manifestar-se como entender", e que "os táxis são de facto uma peça fundamental no ecossistema da mobilidade das cidades".

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Samill
    15 set, 2018 lisboa 15:00
    Há diferenças,os taxistas têm que evoluir e criar plataformas acessíveis para os utilizadores não terem que procurar uma praça de Taxi se é que existe na zona..Utilizo os dois transportes ,quando estou em nenhures chamo a UBER,quando há praça perto utilizo Taxi.quer em Portugal quer fora do País. Alem do mais ambos podem fazer parcerias com hotéis,aparthoteis,arbeen etc.O mercado mudou a postura tem q ser diferente.È uma opinião.
  • João Oliveira
    15 set, 2018 Sintra 12:18
    O TÁXI tem a app mytaxi que é uma aplicação e uma plataforma que funciona extremamente bem o cliente pode escolher táxi caracterizado (preto e verde ou bege) ou descaracterizado ( letra T ou letra A). Portanto não vejo razão para regulamentar algo que já existe!

Destaques V+